
No final do primeiro trimestre de 2025, Portugal voltou a provar que é um país altamente conectado. Segundo os dados da Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM), há 18,4 milhões de acessos móveis habilitados a utilizar serviços e a taxa de penetração móvel ultrapassou largamente a população, atingindo os 173,3 por 100 habitantes.
Isto significa que já há mais telemóveis do que pessoas em Portugal. E neste cenário, uma operadora ainda segue na liderança.
Maioria dos acessos é usada de facto e cada vez mais por quem tem pós-pagos
Do total de acessos habilitados, 13,6 milhões foram efetivamente utilizados, ou seja, 73,6%. Se retirarmos da equação os acessos apenas dedicados a equipamentos como PCs e pens, o número de acessos móveis utilizados sobe para 12,9 milhões.
Este número representa um aumento de 63 mil acessos em relação ao final do trimestre anterior (+0,5%), impulsionado sobretudo pelos planos pós-pagos e híbridos, que cresceram 7% em comparação com o mesmo período de 2024 e agora representam 75,4% dos acessos usados. Pelo contrário, os planos pré-pagos continuam a perder força, com uma quebra de 15,5%.
Portugal continua a falar, mas navega ainda mais
Quanto à utilização dos serviços móveis, 21% dos utilizadores acedem apenas a serviços de voz. A esmagadora maioria (74,1%) usa o telemóvel tanto para chamadas como para acesso à Internet. Apenas 4,9% utiliza os serviços exclusivamente para acesso à Internet e, desses, a maioria recorre a dispositivos como PC, tablet, pen ou router.
A nível tecnológico, o 4G ainda lidera com 47,9% dos acessos, seguido de perto pela rede 5G que já alcança 33,6%, uma subida expressiva de 14,6 pontos percentuais face ao 1.º trimestre de 2024. Os acessos 2G+3G vão ficando para trás, com 18,5%, usados sobretudo para chamadas de voz (70,1%). Em contraste, 4G e 5G são utilizados principalmente para voz e Internet (52,4% e 42,8%, respetivamente).

MEO mantém liderança, mas 5G e Internet móvel favorecem NOS
Entre os operadores, a MEO continua a liderar em acessos móveis com utilização efetiva (excluindo M2M):
- MEO: 36,4%
- NOS: 30,6%
- Vodafone: 28,0%
- Grupo DIGI/NOWO: 3,0%
- Lycamobile: 2,0%
Em comparação com o mesmo período de 2024, a MEO e a Vodafone perderam quota (-1,4 p.p. e -0,2 p.p., respetivamente), enquanto a NOS e a Lycamobile cresceram (+0,4 p.p. e +0,2 p.p.).
Nos acessos de Internet móvel, a MEO também lidera, mas a NOS aproxima-se:
- MEO: 35,2%
- NOS: 32,9%
- Vodafone: 26,7%
- Grupo DIGI/NOWO: 3,4%
- Lycamobile: 1,7%
Já no tráfego de banda larga móvel, a NOS assume a dianteira com 36,3%, à frente da Vodafone (31,8%) e da MEO (28,5%). A MEO e a Lycamobile foram as únicas a crescer neste indicador.
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