O acesso indevido a canais de antena fechada através das plataformas de IPTV Pirata é uma realidade que continua a grassar na Europa. Em Portugal, o fenómeno será igualmente expressivo, sobretudo agora em época de Mundial de Futebol 2022 no Qatar.
É atualmente inegável a tentação do streaming ilegal e o IPTV Pirata. O fenómeno é notório, porém, certo é que a agência europeia Europol e várias autoridades nacionais continuam a intensificar o combate a estas redes piratas que operam em vários países europeus.
Combate ao IPTV Pirata em subido de tom na Europa
A propósito, damos conta do desmantelamento de uma das maiores redes de IPTV Pirata da Europa, com mais de meio milhão de clientes de acordo com as autoridades.
A rede, de acordo com a Europol, operava sobretudo em Espanha, mas tinha assinantes espalhados pela Europa, inclusive em Portugal.
Recentemente, a 16 de novembro, 4 suspeitos de gerir a rede de streaming e IPTV ilegal foram detidos em Málaga. A operação resultou também na apreensão de toda a infraestrutura e equipamentos de suporte.
Para além disso, os demais "colaboradores" e partes envolvidas na dinamização e manutenção das plataformas, perfazendo cerca de 100 pessoas, foi alvo de buscas e detenções.
Rede de distribuição ilegal de conteúdos tinha mais de 500 mil clientes
Este foi o culminar de uma investigação que teve início em 2020 e procurou visar, sobretudo, a distribuição de conteúdo protegido através da plataforma de IPTV.
Em simultâneo, procuraram também chegar às fontes de distribuição de vários conteúdos de audiovisual como filmes e séries online, o acesso indevido a plataformas de streaming, entre outras formas de distribuição de conteúdo.
Em suma, todas as plataformas e redes de distribuição de conteúdos operadas pelos indivíduos de nacionalidade espanhola perfaziam cerca de meio milhão de assinantes. Ou seja, tratava-se de uma operação altamente rentável com procura além das fronteiras de Espanha.
Rede de IPTV lucrava mais de 3 milhões por ano e tinha revendedores em Portugal
Segundo avança ainda a publicação Torrentfreak, os responsáveis pela rede de distribuição de conteúdos ganhavam até 3 milhões de euros por ano. Dito isto, facilmente se compreende o apelo deste tipo de atividade ilícitas de distribuição de streaming via IPTV Pirata, entre outros meios.
Informam ainda as autoridades que a rede era composta por cerca de 100 colaboradores externos. Partes envolvidas na revenda, divulgação e publicidade ao serviço de IPTV Pirata, com presença em Espanha, Portugal, Chipre, Malta, Grécia e Reino Unido.
Ao que tudo indica, estes agentes compravam assinaturas das plataformas de streaming a preços de grossistas. Isto para, em seguida, revenderem eles próprios aos seus clientes, isto através do acesso em Box IPTV configurada.
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