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iPhone Air review: elegância, a quanto obrigas

iphone air

iPhone Air
★★★☆☆3.5Satisfatório

O novo iPhone Air é o telemóvel mais bonito e confortável que a Apple já fez. É incrivelmente fino e leve, tem um ecrã de 120 Hz e a potência do chip A19 Pro. Mas, para atingir esta forma, a Apple fez sacrifícios. A bateria não aguenta um dia de uso intenso, o carregamento é lento, só tem uma câmara traseira (adeus zoom e ultra angular) e o som é mono. É uma peça de design incrível, mas com compromissos para o dia a dia, especialmente pelos 1249 € que custa.

Prós
  • Design inacreditavelmente fino (5,6 mm) e leve (165 g)
  • Construção premium em titânio e Ceramic Shield, muito robusto
  • Ecrã LTPO OLED de 6,5 polegadas a 120 Hz é de grande qualidade
  • Desempenho de topo garantido pelo processador A19 Pro
  • Boa câmara principal de 48 MP para fotos e vídeo
Contras
  • Autonomia de bateria fraca para um uso intensivo
  • Carregamento lento e porta USB-C 2.0
  • Apenas uma câmara traseira, sem ultra grande angular nem teleobjetiva
  • Ausência de altifalantes estéreo (som mono)
  • Preço de 1249 € é demasiado elevado para os sacrifícios exigidos
iPhone Air
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A Apple sempre teve uma obsessão por tornar os seus produtos mais finos e leves. O iPhone Air é o culminar dessa filosofia. É a tentativa da marca de criar o iPhone mais elegante e portátil de sempre. Mas depois de o usar como o meu telemóvel principal durante a última semana, a questão que se impõe é: até que ponto se pode sacrificar a funcionalidade em nome do design?

Característica Detalhe
Espessura e peso 5,6 mm / 165 g
Ecrã 6,5 polegadas, LTPO, OLED, 120 Hz, 3000 nits
Processador Apple A19 Pro
Câmara traseira 48 MP
Bateria 3149 mAh com carregamento de 20 W

A experiência de utilização: um iPhone de dois gumes

O efeito "uau" ao tirar da caixa e a surpresa da robustez

A primeira vez que pegas no iPhone Air, a reação é inevitável, como referi nas primeiras impressões. Com apenas 5,6 mm de espessura e 165 gramas, parece quase uma maquete e não um smartphone real. Provocou sempre um efeito de perplexidade a todos a quem mostrei durante estes dias, como se de uma peça de arte se trate.

É mais leve que muitos telemóveis com ecrãs mais pequenos e, no bolso, quase te esqueces que ele está lá. No entanto, esta leveza não significa fragilidade. O aro em titânio e o vidro Ceramic Shield 2 dão-lhe uma rigidez e uma sensação de produto premium que te descansam. E quem fez testes mais extremos comprovou isso mesmo. É uma peça de engenharia impressionante, confortável na mão e com um aspeto que vira cabeças.

iPhone Air

Um ecrã de Pro num corpo de Air

O ecrã é, sem surpresa, espetacular. Estamos a falar de um painel LTPO Super Retina XDR OLED de 6,5 polegadas com 120 Hz ProMotion. Na prática, temos aquilo que se espera de um smartphone nesta faixa de preço. A fluidez do scroll no Instagram ou a navegar na web é de topo.

O brilho máximo de 3000 nits permite-te ver perfeitamente o ecrã mesmo com o sol do meio-dia a bater-lhe em cima. Para ver filmes ou séries, a qualidade de imagem, com suporte para Dolby Vision, é simplesmente das melhores que vais encontrar. A Apple não fez sacrifícios aqui e nós, enquanto utilizadores, agradecemos.

iphone

O preço da espessura: bateria, áudio, eSIM

É quando começas a usar o iPhone Air a sério que os sacrifícios se tornam óbvios e que podem revelar-se entraves à tua compra. O primeiro e maior deles é a bateria. Com apenas 3149 mAh, um número assustadoramente baixo para um ecrã de 6,5 polegadas em 2025, a autonomia é um problema real.

Em dias calmos de trabalho, com mais Wi-Fi e menos uso intensivo, conseguimos chegar ao fim da noite a raspar os 10-15%. Mas em dias mais intensos, com mais fotografia, uso de GPS e dados móveis, pelas 17h já andava à procura de um carregador. Aliás, não é à toa que durante a apresentação a Apple divulgou logo uma power bank dedicada só para este smartphone.

iPhone Air

Isto obriga-te a andar sempre a pensar na bateria, algo que já não acontecia nos iPhone há várias gerações. Tive um iPhone 13 Pro e a bateria era muito boa para o tamanho. Para piorar, o carregamento é lento (50% em 30 minutos) é pouco para 3149 mAh e demora mais que uma hora a carregar na totalidade. E a porta USB-C está limitada a velocidades 2.0, uma decisão muito discutível se quiseres transferir os vídeos 4K que ele grava.

Para conseguir esta espessura a Apple também cortou no áudio; ou melhor, no número de colunas no smartphone. É que a única coluna que temos aqui fica situada na zona do auricular do smartphone. O áudio é de qualidade, tendo em conta que é apenas uma coluna. Mas para um smartphone deste preço, é uma limitação que não gostaríamos de ter, principalmente na hora de consumir conteúdo multimédia.

iPhone Air

Há também que falar do elefante da sala que é o eSIM. Sim, o eSIM é o futuro e já há duas gerações que a Apple só vende iPhones com eSIM nos Estados Unidos. Este é o primeiro produto que a empresa ousou trazer para o nosso mercado sem a possibilidade de lhe colocar SIM físico.

Todas as operadoras em Portugal oferecem este serviço aos seus clientes e podes ter dois a funcionar em simultâneo. Mas para o utilizador mais conservador que não quer ainda abdicar do SIM físico e valoriza essa opção no dia a dia ou em viagem, este é um pormaior a ter em conta.

iPhone Air

Câmara solitária na traseira

Outro sacrifício está na traseira e trata-se de uma câmara solitária de 48 MP. Tanto em boas condições de luz como à noite, as fotos e os vídeos são ótimos, com o detalhe e a ciência de cor a que a Apple nos habituou. Principalmente no vídeo, a estabilização é muito boa. Mas neste modelo não há modo cinematográfico, como nos outros iPhone.

Câmara traseira, dia
Câmara traseira, 1x
Câmara traseira, modo retrato, 1x
Câmara traseira, modo retrato, 1x
Câmara traseira, modo retrato, 2x
Câmara traseira, modo retrato, 2x
Câmara traseira
Câmara traseira
Câmara traseira
Câmara traseira
Câmara traseira, 1x
Câmara traseira, 1x
Câmara traseira, 2x
Câmara traseira, 2x
Câmara traseira, 1x
Câmara traseira, 10x, zoom digital
Câmara traseira
Câmara traseira
Câmara traseira, noite
Câmara traseira, noite
Câmara traseira, noite
Câmara traseira, noite

Mas é só isso. Queres tirar uma foto de grupo mais ampla num jantar com amigos? Não tens lente ultra grande angular. Queres fazer um retrato com um bom zoom ótico a um objeto mais distante? Não tens lente teleobjetiva. Estás a pagar 1249 € por um telemóvel que, em versatilidade fotográfica, perde para modelos de gama média que custam um terço do preço.

Mas se estás disposto a abdicar dessa versatilidade, tens aqui uma boa câmara traseira e também uma câmara frontal boa para selfies e videochamadas, principalmente com o novo modo Center Stage. Este modo permite tirar uma selfie em modo paisagem, mesmo com o smartphone na vertical.

Selfie, câmara frontal, modo retrato
Selfie, câmara frontal, modo retrato
Selfie, câmara frontal, Center Stage ativo
Selfie, câmara frontal, Center Stage ativo

iOS 26 e outros pequenos (mas frustrantes) sacrifícios

O software, o novo iOS 26, é uma questão de gosto. A aposta na personalização com o design "Liquid Glass" pode agradar a alguns, mas para mim tornou a experiência mais confusa. Ter personalização é bom e durante muitos anos se reclamou isso no iOS. A Apple continua a dominar como poucos as animações, mas parece faltar coerência em alguns pormenores estéticos.

E os problemas crónicos mantêm-se face ao útlimo iPhone que testei. As notificações continuam a ser um caos, sem a boa divisão que acontece no Android; a gestão de ficheiros continua a ser limitada e o multitasking a sério de duas aplicações lado a lado ainda é uma miragem.

Apple

A juntar a isto, a grande aposta da Apple, a Apple Intelligence, ainda não está disponível em português de Portugal, embora a possamos usar. E está longe do trabalho feito por marcas como a Google ou a Samsung. A própria Apple admite isso quando delega tarefas mais complexas para o ChatGPT.

Para quem é o iPhone Air?

  • Para quem prioriza o design e a leveza acima de tudo: se queres o iPhone mais fino e elegante de sempre, é este;
  • Para quem quer um ecrã grande no corpo mais leve possível: a relação ecrã/peso é o seu grande trunfo;
  • Para utilizadores casuais: se usas o telemóvel para tarefas leves ou não te importas de o carregar a meio do dia;
  • Não é para ti se... precisas de uma bateria que dure o dia todo, se gostas de fotografia com zoom ou ultra grande angular, ou se queres a melhor relação qualidade/preço.

iPhone Air

Conclusão

O iPhone Air é uma impressionante peça de engenharia e, provavelmente, dos smartphones mais bonitos que podes comprar. É um belo espécime do design industrial. Mas enquanto produto para o dia a dia, é um iPhone cheio de compromissos. Sacrifica pilares fundamentais como a autonomia e a versatilidade fotográfica em nome de uma finura extrema.

É um telemóvel de nicho, um "fashion statement" para quem o pode pagar e talvez o use como segundo equipamento ou então ciente das suas limitações. Mas para a grande maioria dos utilizadores, o iPhone 17 normal ou os modelos Pro, apesar de mais grossos, serão uma escolha mais inteligente e funcional se querem estar no ecossistema da Apple.

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Bruno Coelho
Bruno Coelho
Está no 4gnews desde 2017, onde dá asas à sua paixão por escrever sobre as novidades tecnológicas. Durante esse período já fez mais de 200 reviews e marcou presença em alguns dos grandes eventos tecnológicos, como o Mobile World Congress e IFA.