
Durante anos, comprar o iPhone 'normal' significava aceitar compromissos, como no iPhone 16. Ecrãs menos fluidos, menos armazenamento, a sensação de que estavas a levar para casa a versão 'limitada'. Mas em 2025, a Apple parece ter ouvido as preces de muitos utilizadores. O novo iPhone 17 chega com duas das atualizações mais pedidas de sempre, tornando-o, talvez pela primeira vez, na escolha mais inteligente da linha. Custa desde 989 € em Portugal, mas já o encontras a preços mais acessíveis em lojas como a Powerplanet.
A experiência de utilização: um Pro disfarçado de 'normal'
Design e ecrã: familiar por fora, mudado por dentro
À primeira vista, o iPhone 17 é... um iPhone 16. Não há como dizê-lo de outra forma em termos de aspeto. A Apple não mexeu na fórmula. O design de laterais retas com o aro em alumínio e vidro Ceramic Shield 2 mantém-se. Mas isto não é necessariamente mau. Com um ecrã de 6,3 polegadas e 177 gramas, continua a ser o iPhone mais confortável para usar com uma só mão.

Em boa verdade, oferece um equilíbrio perfeito entre tamanho de ecrã e ergonomia. Pode dizer-se que para consumo de conteúdos talvez se precise de um ecrã maior. Mas no do dia a dia, este peso e este tamanho fazem a diferença no uso diário, principalmente para quem não tem mãos grandes como é o meu caso. A qualidade de construção é a que esperamos da Apple: irrepreensível.
A grande revolução desta geração está no ecrã. Finalmente, o iPhone 'normal' recebe um ecrã ProMotion com taxa de atualização adaptativa até 120 Hz. Há muitos anos que esta era uma crítica à marca, pois já víamos este tipo de painel em smartphones que custam uma fração do preço. Finalmente a Apple entregou.

E não é um ecrã qualquer, é praticamente o mesmo painel LTPO Super Retina XDR OLED que encontras nos modelos Pro. A diferença no dia a dia é, passe a redundância, da noite para o dia. O scroll no Instagram, a navegação na web, tudo é bastante mais fluido se vens de um iPhone não Pro.
Junta-lhe o pico de brilho de 3000 nits para veres tudo perfeitamente na rua e tens um dos melhores ecrãs do mercado, sem compromissos. É certo que não é o maior ecrã para consumo de conteúdos ou jogar, mas a verdade é que produz resultados em ambos com grande qualidade. A nossa série favorita é vista com grande qualidade neste modelo.

Desempenho: potência que não te deixa na mão
No interior deste iPhone mora o chip A19, uma versão ligeiramente menos potente que o A19 Pro dos irmãos mais caros. Na prática, a grande diferença está no facto de ter menos um núcleo de GPU. Mas, sejamos honestos, na prática a diferença é zero para o utilizador comum ou mesmo o mais intensivo.
Com 8 GB de RAM, este iPhone voa em todas as tarefas. Abrir apps, jogar os títulos mais exigentes da App Store como o Genshin Impact, editar vídeo 4K... aguenta tudo sem pestanejar. Para 99% dos utilizadores, a potência aqui é mais do que suficiente para os próximos anos. Se há coisa que este iPhone 17 dá a sensação, é que terá um longo tempo de vida útil.

Bateria e carregamento: cumpre, sem brilhar
A bateria de 3692 mAh não parece gigante no papel, mas a eficiência do chip A19 faz o seu trabalho. Consegui chegar consistentemente ao final do dia com 15 a 20% de bateria num uso normal a moderado. Não é a autonomia de um iPhone 17 Pro Max, mas é suficiente para não te deixar ficar mal e representa uma melhoria face a gerações anteriores.
Isto nota-se especialmente se o compararmos com a desilusão que foi o iPhone Air que também testámos. O carregamento deu um salto: 50% em 20 minutos é bom, embora uma carga completa ainda demore mais de uma hora. O carregamento sem fios MagSafe/Qi2 a 25W também está presente e é algo que apreciamos. Continuo a achar que o MagSafe é das melhores funções nativas do iPhone.

Câmaras: muito no básico, limitado no zoom
A Apple melhorou as câmaras onde importava. O sensor principal de 48 MP continua a ser muito bom, especialmente em vídeo, onde o iPhone reina. A ultra grande angular também subiu para 48 MP, trazendo mais detalhe a este modelo. E a nova câmara frontal de 18 MP com Center Stage e autofocus é ótima para selfies e videochamadas.
O grande ausente continua a ser uma lente teleobjetiva. Ficas limitado ao zoom digital (até 10x), que perde qualidade rapidamente. É a única falha real neste sistema, mas para a maioria das fotos do dia a dia, vais ficar muito bem servido. Se fores dos que gosta de fotografar concertos (ou outros cenários à distância) com o telemóvel, existem melhores alternativas fora da Apple.
Som: tão pequeno e tão grande
No som, a Apple não brinca. Os altifalantes estéreo do iPhone 17 produzem um som potente, claro e com uma boa separação, tornando a experiência de ver vídeos ou ouvir música sem fones bastante agradável. É qualidade de topo de gama, sem dúvida, e continua a mostrar a alguns rivais como se faz.
Software: qualidade Apple, com os "ses" do costume
O iOS 26 é uma questão de gosto. A cada vez maior aposta na personalização e o design 'Liquid Glass' podem agradar, mas também trouxeram alguma confusão visual. E os problemas crónicos mantêm-se: a central de notificações continua um caos, o multitasking a sério não existe (não podemos ter duas apps lado a lado) e a gestão de ficheiros continua a ter margem para melhorar.

A Apple Intelligence, uma das grandes apostas da Apple, ainda não fala português de Portugal. No entanto, a força do ecossistema Apple é inegável, com uma integração perfeita se já tens outros produtos da marca, como é o meu caso que tenho um Mac. Funções como o AirDrop ou o Clipboard universal continuam a prender muitos utilizadores.
O trunfo maior do sistema operativo da Apple continua a ser a estabilidade geral, mas principalmente a longevidade. Comprar um iPhone 17 hoje é ter a garantia de, no mínimo, 5 a 6 anos de atualizações. A maior prova que temos disso é o iPhone 11 de 2019 que ainda recebeu o iOS 26 em 2025 e será pelos atualizado até 2026.

Para quem é o iPhone 17?
- Para quem quer a melhor relação qualidade/preço num iPhone em 2025.
- Utilizadores que finalmente queriam um ecrã de 120Hz sem pagar o preço "Pro".
- Quem procura um iPhone potente, com boas câmaras com destaque para vídeo.
- Para quem valoriza um telemóvel confortável para usar com uma mão.
- Utilizadores que planeiam manter o telemóvel durante muitos anos.

Conclusão
O iPhone 17 é, nesta geração, o iPhone que a maioria das pessoas devia comprar. Ao trazer o ecrã ProMotion de 120 Hz e os 256 GB de armazenamento para o modelo base, a Apple corrigiu as suas maiores falhas e criou um telemóvel incrivelmente equilibrado e com um valor tremendo.
Sim, continua sem teleobjetiva que temos noutros modelos (alguns até bem mais acessíveis) e o iOS 26 tem os seus pontos menos positivos, mas a experiência geral é de topo de gama. Se não fazes questão absoluta de ter um smartphone com zoom ótico ou outras funcionalidades Pro, poupa o dinheiro extra e aposta neste modelo se é o ecossistema Apple que queres. Não te vais arrepender.
