Inteligência Artificial já ajuda a encontrar o amor com a app SciMatch

Bruno Coelho
Bruno Coelho
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Em pleno século XXI, a busca pelo amor e companheirismo toma uma nova direção. SciMatch, uma aplicação lançada no último ano, chegou com uma abordagem revolucionária: usar apenas uma selfie para encontrar um parceiro compatível.

Como funciona a app SciMatch?

Ao contrário das tradicionais aplicações de encontros, onde é preciso preencher um perfil detalhado, a SciMatch simplifica o processo. A aplicação pede apenas que os utilizadores carreguem uma selfie, como conta o Insider. Através de um algoritmo de IA avançado, a aplicação examina traços de personalidade identificados na face e sugere parceiros potenciais com características compatíveis.

scimatch

Por detrás deste conceito inovador estão duas irmãs, Yanina e Viktoryia Strylets, ambas com formações em ciências da computação e ciência de dados. O conceito da aplicação baseia-se num estudo que investigou a correlação entre imagens faciais e as cinco principais características de personalidade auto-relatadas.

São estas o neuroticismo, extroversão, abertura, afabilidade e consciencialidade. O estudo concluiu que a aprendizagem automática pode reconhecer características personalizadas com base em traços faciais estáticos. Contudo, foi também mencionado que a utilização de mais imagens dos perfis poderia aumentar a precisão dos sistemas de reconhecimento facial baseados em IA.

O algoritmo da SciMatch, batizado de A.I. Ruby, foi alimentado com uma base de dados composta por milhões de caras associadas a certos traços de caráter. Segundo Yanina Strylets, a tecnologia é 87% precisa, superando o julgamento humano na previsão de traços de caráter.

SciMatch regista aceitação de 77% por parte dos utilizadores

A inovação da SciMatch parece estar a ser bem recebida pelo público. Segundo as fundadoras, a taxa de resposta dos utilizadores da aplicação é de 77%. É um número impressionante quando comparado com aplicações concorrentes como o Tinder.

Por outro lado, algumas vozes no mundo académico expressam ceticismo. Paul Eastwick, professor de psicologia na Universidade da Califórnia, Davis, descreveu a aplicação como "pura magia”. Independentemente das críticas, é inegável que a IA está a ter um papel cada vez mais proeminente na indústria dos encontros.

De realçar que grandes empresas do setor, como o Match Group, proprietária do Tinder, Hinge e OkCupid, já anunciaram planos para integrar funcionalidades baseadas em IA nas suas aplicações. Outras iniciativas, como a ferramenta do Tinder que ajuda os utilizadores a selecionar as melhores fotos para os seus perfis, demonstram o potencial desta tecnologia.

Não são apenas as aplicações de encontros que estão a aproveitar o poder da IA. Alguns utilizadores estão a recorrer a ferramentas como o ChatGPT da OpenAI para escrever biografias de perfil e gerar respostas mais cativantes.

De forma surpreendente, há até quem se tenha voltado para os próprios chatbots de IA em busca de companheirismo, como revela um relato de um homem que confessou ter desenvolvido sentimentos românticos por um chatbot.

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Bruno Coelho
Bruno Coelho
Está na 4gnews desde 2017, onde dá asas à sua paixão por escrever sobre as novidades tecnológicas. Durante esse período já fez mais de 100 reviews e marcou presença em alguns dos grandes eventos tecnológicos, como a Mobile World Congress e IFA.