Um engenheiro da Uber criou um site que te mostra uma cara nova sempre que entras. São caras de estranhos mas tem uma particularidade: são imaginários.
Portanto, o site ThisPersonDoesNotExist.com utiliza inteligência artificial para gerar faces. Faces que não existem em lado nenhum, criadas aleatoriamente.
Phillip Wang é um engenheiro de software na Uber. Nesse sentido, Wang utilizou pesquisas feitas pela Nvidia para criar estes falsos retratos.
Cada vez que refrescas a página, uma nova face olha-te nos olhos
Primeiramente, vamos ver óbvios. A inteligência artificial não tem capacidade de gerar traços faciais do nada. A mesma funciona com um algoritmo que baseia num conjunto de imagens reais.
Em segundo lugar, a inteligência utiliza as chamadas GAN (Generative Adversarial Networks) ou "redes geradoras de adversários" para fabricar novos exemplos. Este é um bom exemplo de como as inteligências artificiais serão eficientes a reconhecer caras.
Esta tecnologia foi desenvolvida por Ian Goodfellow. De seguida, a Nvidia fez a sua abordagem com o nome StyleGAN, com código open source. Esta versão específica é treinada para gerar faces humanas. Contudo, pode copiar qualquer fonte, em teoria. Investigadores já começaram a utilizar a inteligência artificial em personagens de anime e graffitis.
Nesse sentido, este tipo de algoritmos pode trazer grandes avanços em várias aplicações. Programadores podem utilizá-lo para gerar mundos virtuais em jogos. Designers e ilustradores teriam o seu trabalho facilitado ao criar e demonstrar conceitos.
Voltando às faces humanas, é claro que não são perfeitas. Essencialmente a inteligência pega em vários exemplos da sua base de dados e "cola" que nem um utilizador mediano de Photoshop.
Podemos inclusive reparar algumas áreas mais duvidosas onde a simetria da face é quebrada ou cercas "manchas". No entanto, e considerando que a máquina faz tudo sozinha é bastante impressionante.
Resumindo, as inteligências artificiais são a aposta actual da tecnologia para o futuro. Fabricantes já as incluem nos CPU e câmaras de smartphones, por exemplo. Resta-nos ver que mais tipo de aplicações terão.
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