A rede social chinesa Weibo recebeu recentemente o relato de um caso insólito a envolver a compra de um Xiaomi SU7 em segunda mão. Em síntese, o comprador viu o seu carro ficar bloqueado por desacordo com o dono original do veículo.
O motivo do confronto foram os valores envolvidos na transação. Tal como é relatado, o vendedor do carro decidiu pedir mais dinheiro que o acordado inicialmente e perante a recusa do comprador optou por bloquear remotamente o veículo.
Vendedor desonesto bloqueia deixa comprador sem poder usar o seu carro novo
Em primeiro lugar, importa esclarecer a história. O lesado desta insólita história foi o senhor Gong que decidiu comprar um Xiaomi SU7 em segunda mão a um dos seus compatriotas.
Durante a negociação inicial, ambas as partes acordaram que o valor a pagar pelo Xiaomi SU7 seria de 205 000 yuans, sensivelmente, 26 600 €. O senhor Gong acordou pagar 201 000 yuans numa primeira fase e os restantes 4 000 yuans quando a compra fosse oficializada.
Tudo parecia estar a correr bem até o senhor Gong chegar a casa com o seu novo carro. Nessa altura, o vendedor decidiu pedir mais dinheiro pelo veículo, algo que o comprador recusou, naturalmente.
Perante a recusa do comprador em pagar mais pelo Xiaomi SU7, o dono original optou por cancelar remotamente a autorização dada ao senhor Gong para poder usar o carro. Ou seja, ele gastou o dinheiro e viu-se impedido de usufruir do seu carro.
Naturalmente que estes acontecimentos causaram uma rutura entre as partes. O vendedor refugiou-se no facto de não haver um contrato de compra e venda escrito, alegando que o comprador não pagou o valor devido pelo carro.
Caso foi parar aos tribunais
Como seria de esperar, o senhor Gong levou o caso à justiça para defender os seus direitos. Para ajudar a sua causa, ele revelou as mensagens trocadas com o vendedor através do WeChat, onde se pode comprovar que ambas as partes haviam concordado o preço de 205 000 yuans.
Ora, o vendedor não se deu por vencido e alegou que o senhor Gong adulterou as mensagens para não pagar o preço que ele pediu. Mas os advogados envolvidos reforçaram que houve um acordo inicial e como grande parte do valor já foi pago, regista-se uma violação contratual.
Não sabemos qual será o desfecho judicial desta história, mas tudo indica que o vendedor desonesto não irá vencer a sua causa. Ainda assim, esta história serve de exemplo de como a compra de um carro em segunda mão entre particulares pode correr mal caso não haja um acordo escrito.