Incrível! IA ajuda a ler pergaminhos destruídos em Pompéia, em 79 d.C

Luís Guedes
Luís Guedes
Tempo de leitura: 2 min.

Cada vez mais, a Inteligência Artificial (IA) mostra que não há fronteiras para aquilo que são as suas potencialidades. Posto isto, a última grande novidade é que, pelos vistos, há estudiosos da antiguidade que dizem que a IA permite restituir textos ocultos do passado, como é exemplo um pergaminho carbonizado de há quase 2000 anos, quando o Monte Vesúvio entrou em erupção.

Quem dá conta disso mesmo é o The Guardian. De acordo com o mesmo, estes pergaminhos que remontam à destruição da Pompéia, em 79 d.C, foram achados no século 18. No entanto, havia um grande problema: devido à sua deterioração era impossível analisá-los. Se já os que se encontravam inteiros eram indecifráveis, imagina os que estavam aos bocados!

A nova descoberta levanta o véu para descobertas futuras

Mesmo para os papirologistas, os profissionais do estudo do papiro, trata-se de algo completamente inimaginável e que nos permite ver mais à frente. Afinal de contas, se neste caso foi possível, em quantos mais casos a IA não poderá, também, ser auxiliar de imensas descobertas? Nesse sentido, Robert Fowler, professor da Universidade de Bristol, constata o óbvio: há inúmeros pergaminhos à espera de ser lidos.

Imagem Ilustrativa de um Papiro
Foto Ilustrativa de um Papiro: (via Px Here)

Há quem vá ainda mais longe e refira que se trata mesmo de uma revolução, não só na papirologia, mas também no estudo da filosofia grega. Quem o diz é Federica Nicolardi, papirologista da Universidade de Nápoles Federico II, que reforça que esta se trata da única biblioteca histórica a chegar à Humanidade desde os tempos da Roma Antiga.

De onde surgiu a ideia de investigar pergaminhos com IA?

Ainda assim, há uma questão que persiste. De onde surgiu a ideia de investigar sobre este tema. Afinal de contas, qual a motivação por detrás deste estudo' Ora bem, segundo dá conta o The Guardian, estes avanços partiram de um mero desafio de seu nome Vesuvius Challenge. Em que consistia? Basicamente, com valores a chegar perto de 1 milhão de euros, o desafio premiava quem conseguisse extrair textos de pergaminhos elaborados em Diamond, a instalação síncrotron do Reino Unido, em Oxfordshire.

Se calhar foi o gosto pela descoberta, ou se calhar foi mesmo só o dinheiro a mover o mundo. A verdade é que o incentivo colheu os seus frutos e, aquilo que se vislumbrava ser um mero desafio, revelou ser um passo gigante para a Humanidade, que tem nas suas mãos mais uma ferramenta para estudar o seu passado e conhecer melhor a história.

Se, há 10 anos, nos dissessem tudo aquilo que hoje já é possível conhecer com Inteligência Artificial, provavelmente ficaríamos boquiabertos. Ao que tudo indica, essa condição manter-se-á, dado que, ao futuro, é cada vez mais difícil ver os limites.
Luís Guedes
Luís Guedes
É apaixonado pela escrita. Desde tecnologia, a entretenimento, passando sempre pela música e pelos livros, o Luís é fascinado por tornar o complexo em simples e o simples em ainda mais simples.