Huawei e problemas de privacidade das redes 5G preocupam investigador

António Guimarães
António Guimarães
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Um investigador dos laboratórios da operadora americana AT&T tem algumas reservas em relação à tecnologia 5G. Steve Bellovin foi entrevistado pelo Wall Street Journal onde afirma que o novo protocolo pode comprometer a segurança no geral.

A verdade é que estão a ser preparados vários smartphones que afirmam suportar 5G. Toda esta antecipação do mercado distrai-nos de duas questões de privacidade, segundo Bellovin.

Nesse sentido, o investigador explica que inicialmente, o sinal 5G vai ter um alcance muito curto. Além disso, as paredes e estruturas urbanas serão um grande obstáculo.

É impossível falar de 5G sem mencionar a Huawei

Em primeiro lugar, Steve Bellovin esclareceu que, com o 5G, mais antenas serão necessárias. Essas mesmas são utilizadas para localização de smartphones. Bellovin mencionou que as antenas nos Estados Unidos alcançam cerca de 1.60 quilómetros.

Contudo, as antenas 5G vão cobrir uma área menor e mais concentrada, logo a localização de dispositivos será mais exacta. Isto pode ser visto como uma vantagem e como desvantagem, é subjectivo de certa forma. Em segundo lugar, é provável que vejamos antenas em mais locais como dentro de edifícios, escritórios ou mesmo centros comerciais.

Assim sendo, o segundo tema de preocupação do investigador da AT&T é a Huawei. A empresa chinesa não é bem-vinda de todo em território norte-americano, como sabemos. Contudo, a Huawei está na vanguarda das infraestruturas e é, provavelmente, a empresa mais bem preparada para o 5G.

As suspeitas continuam sobre a Huawei trabalhar em conjunto com o governo chinês para espiar cidadãos pelo mundo fora através dos seus equipamentos. Embora nada esteja confirmado, a Huawei não está propriamente ilibada.

A gigante de Shen Zhen é especialista em infraestruturas há várias décadas. Nesse sentido, costuma ser a primeira escolha quando se trata de implementação de antenas e equipamentos de operadoras.

Aqui na Europa temos a Nokia, Ericsson e Siemens a operar no mesmo campo. A questão é que a Huawei consegue negociar preços abaixo do mercado. Isso motiva muitos governos e empresas a aceitar a presença da empresa chinesa nos seus negócios.

Irão as operadoras e empresas a "vender" a nossa informação para poupar dinheiro? Será saudável um monopólio de infraestruturas? São estas as questões de Bellovin.

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António Guimarães
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Juntamente com os seus atuais companheiros Mi A2 e Surface Go, batalha para elucidar as massas sobre todos os acontecimentos da esfera tecnológica. "Informação é poder" é a frase que o acompanha diariamente. Talvez um dia a coloque numa t-shirt.