A Huawei apresentou recentemente o HarmonyOS 4, a mais recente versão do seu sistema operativo alternativo ao Android. Este anúncio serviu ainda para a tecnológica mostrar o seu empenho em reerguer a sua influência no mercado de smartphones.
Voltar a ganhar notoriedade e influência neste feroz mercado é uma das prioridades da Huawei para os próximos tempos. É um dos maiores desafios desta empresa que viu um dos seus mais importantes setores afundar após as sanções importas pelos EUA.
Huawei prepara o seu regresso ao mercado de smartphones premium
As ambições da empresa para o futuro foram expostas por Yu Chengdong, CEO do departamento de consumo da Huawei. "Os principais smartphones da Huawei voltaram", afirmações proferidas pelo executivo no âmbito da Huawei Developer Conference 2023.
Outrora, os objetivos da Huawei passavam por ocupar o primeiro lugar mundial do mercado de smartphones. Agora, contudo, o principal objetivo é recuperar a influência no seu mercado natal, a China.
Os números oficiais revelam uma curva de crescimento para o negócio da tecnológica chinesa. Durante o segundo trimestre de 2023, a Huawei registou uma quota de mercado de 13% face aos 7,3% registados no período homólogo de 2022.
Ademais, a Huawei registou um aumento de 76% dos seus envios face a 2022. Ou seja, a tecnológica chinesa está efetivamente a crescer no seu mercado interno, porém, ainda longe dos números registados em 2019, ano em que começaram as sanções ditadas pela administração Trump.
A afirmação no segmento premium é atualmente a principal preocupação dos responsáveis pela Huawei. Segundo Yu Chengdong, a empresa conseguiu recuperar a segunda posição do mercado de equipamentos topo de gama no seu país.
No nicho acima dos 600 dólares, a Huawei possui uma quota de mercado de 18,4% face aos 6,7% de 2022. Números avançados pela agência de análise de mercado IDC.
Recuperar influência fora da China será mais complicado
Apesar da curva de crescimento observada na China, os desafios fora desse mercado são ainda maiores para a Huawei. Sem acesso a componentes 5G nem ao software da Google, essa tarefa é ainda mais hercúlea.
Aliás, a presença da Huawei na Europa e outros mercados ocidentais é quase nula e muitos questionam se isso ainda será uma prioridade para a empresa. A resposta chegará com o futuro, mas que a empresa está empenhada em mudar o status quo, isso está.
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