Honor voltará a juntar-se à Huawei? George Zhao esclarece a polémica

Bruno Coelho
Bruno Coelho
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Os desafios enfrentados pela Huawei no mercado de smartphones devido às sanções dos EUA em 2019 levaram a uma separação estratégica. Nesta, a Huawei vendeu a sua então submarca Honor à Shenzhen Zhixin New Information Technology de forma a garantir a sua sobrevivência.

Desde então, ambas as empresas seguiram trajetórias independentes, mas recentes rumores sobre uma possível junção agitaram o mundo da tecnologia. No entanto, o CEO da Honor, George Zhao, quebrou o silêncio sobre essas especulações, negando categoricamente qualquer plano de junção e expressou a ambição de tornar a Honor a concorrente mais forte da Huawei.

George Zhao, CEO da Honor
George Zhao, CEO da Honor

Honor não voltará a juntar-se à Huawei, e quer ser a sua concorrente mais forte

George Zhao enfatizou que uma junção com a Huawei é "absolutamente impossível", destacando que a Huawei é a "concorrente mais respeitada" da Honor. O executivo delineou duas abordagens para quando uma empresa enfrenta um concorrente forte: unir-se a este ou competir contra ele. Para Zhao, a segunda opção é a escolha da Honor, visando ser a rival mais forte da Huawei.

Uma das principais motivações por trás dessa decisão é o compromisso da Honor com a inovação. Zhao deixou claro que a empresa continuará a desenvolver produtos mais leves, finos e poderosos do que seus concorrentes. A competição direta com a Huawei é vista como um impulso para a inovação na indústria de tecnologia.

Outro fator que sustenta a determinação da Honor em ser independente é o investimento significativo em pesquisa e desenvolvimento (P&D). A empresa alocou mais de 10% de sua receita para P&D, permitindo o desenvolvimento de tecnologias exclusivas, como a inovadora tela "Eye Protector" e a tecnologia de carregamento "Shark".

George Zhao expressou a esperança de que ex-funcionários da Huawei possam orgulhar-se do sucesso da Honor e enfatizou que essa abordagem é a melhor maneira de honrar o relacionamento passado entre as duas empresas.

Portanto, as especulações sobre uma reunião entre a Honor e a Huawei foram oficialmente desmentidas. Parece que a Honor está comprometida em trilhar o seu próprio caminho e tornar-se uma das principais concorrentes da Huawei no mercado de tecnologia.

Como Honor e Huawei se separaram

Em 2019, a Huawei estava no auge de suas operações globais no mercado de smartphones. No entanto, as sanções dos EUA, que proibiam a Huawei de negociar com empresas americanas, tiveram um impacto devastador. A empresa perdeu quase toda a sua participação de mercado fora da China e enfrentou dificuldades até para produzir smartphones da própria marca.

Nesse contexto, a venda da submarca Honor foi uma decisão estratégica destinada a garantir a sobrevivência de ambas as empresas. A Shenzhen Zhixin New Information Technology adquiriu a Honor, permitindo que a marca continuasse a operar de forma independente. Desde então, ambas as empresas têm seguido caminhos independentes destacar-se no mercado de tecnologia.

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Bruno Coelho
Bruno Coelho
Está na 4gnews desde 2017, onde dá asas à sua paixão por escrever sobre as novidades tecnológicas. Durante esse período já fez mais de 100 reviews e marcou presença em alguns dos grandes eventos tecnológicos, como a Mobile World Congress e IFA.