Um grupo de representantes políticos norte-americanos almeja ver a Honor na mesma lista negra que condenou a Huawei à privação dos serviços Google, bem como toda e qualquer tecnologia norte-americana. Esta não é a primeira instância em que tais clamores são exigidos junto da administração Biden, tendo agora novo eco.
O caso é avançado pela agência Reuters dando conta do pedido de aplicação das restrições impostas à Huawei também à sua antiga subsidiária, a Honor. Ainda que a empresa tenha adquirido independência institucional em 2020, as suspeitas apontam no sentido da manutenção de vários laços de proximidade entre ambas as empresas chinesas.
A Huawei foi colocada na lista negra dos EUA em maio de 2019
Foi sob a administração Trump, com a recomendação das agências de segurança nacional, que a administração Trump colocou a Huawei na lista negra dos EUA. Desde então, a fabricante chinesa seria privada de toda e qualquer tecnologia norte-americana.
O resultado? A Huawei tornar-se-ia gradualmente irrelevante no mercado dos smartphones, passando do Top 3 mundial para uma nota de rodapé. Entretanto, em novembro do último ano, a Honor foi vendida pela Huawei, tornando-se assim independente.
Esta medida libertaria a Honor restrições aplicadas à Huawei, passando a primeira fabricante a poder usar novamente os serviços Google, bem como toda e qualquer tecnologia norte-americana. Assim sendo, vemos agora a Honor de volta ao mercado mobile com a geração de smartphones Honor 50, bem como outros produtos.
A Honor tem recuperado gradualmente a sua quota de mercado
Em retrospetiva a venda da Honor libertou a empresa do mesmo e fatídico destino que se abateria sobre a Huawei. A antiga casa-mãe viu todas as empresas relevantes a cortar laços consigo. Entre estas incluem-se a Qualcomm, Google, Microsoft, AMD, Intel, MediaTek, Samsung, bem como a Sony.
Por outro lado, desde a sua independência, a Honor afirma estar a recuperar a quota de mercado perdida, tal como avançou recentemente a tal como noticiamos na 4gnews.
Assim, a Honor é atualmente detida por um dos maiores consórcios chineses com apoio estatal do governo da China. A liderar a empresa mantém-se George Zhao, antigo executivo de topo no seio da Huawei, agora CEO da Honor.
A par de Zhao, também outros executivos da Huawei migrariam para a estrutura da Honor após a sua independência.
Honor é tida como mero peão dos interesses da Huawei
Face ao exposto, um grupo de senadores republicados consideram a Honor uma ameaça idêntica à Huawei. Desse modo, pedem à administração Biden que o mesmo tipo de medidas preventivas e restritivas sejam aplicadas à empresa chinesa.
Mais concretamente, o grupo de senadores republicados é liderado pelo senador do estado da Flórida, Marco Rubio que expressou recentemente as suas preocupações numa carta dirigida ao presidente Joe Biden.
Na publicação pode ser-se o seguinte: "Pequim fintou eficazmente o controlo das exportações críticas. Ao falhar em agir de acordo com esta ação, o Departamento de Comércio (dos Estados Unidos da América), arrisca abrir um precedente perigoso. Atitude que sinalizará aos adversários a falta de capacidade e vontade de punir tamanha esquemática e engenharia financeira por parte de um regime autoritário".
A Huawei mantém, entretanto, a sua posição firme ao afirmar que não detém nenhum ação ou interesse na Honor.
Resta agora saber, por fim, se a administração Biden terá em consideração este alerta. No entanto, as suas ações têm sido no sentido de manter (e em alguns casos agravar) as restrições aplicadas à Huawei.
Até ao momento, Joe Biden mostrou-se tão ou mais cauteloso que o seu antecessor relativamente à Huawei, pelo que o destino da Honor pode efetivamente estar pendente num limbo administrativo.
Editores 4gnews recomendam:
- WhatsApp prepara novo recurso para a app de mensagens que vais querer usar
- Dbrand intimada pela Sony a parar de vender Darkplates para a PS5
- Apple iPhone 13 Pro enfrenta e vence o telemóvel mais resistente do mundo