Honor quer diferenciar-se com inovação: estes são os 4 pilares

Bruno Coelho
Bruno Coelho
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A Honor é hoje uma das marcas mais pulsantes no mercado dos smartphones, com excelentes opções desde o formato clássico do Magic6 Pro ao dobrável mais fino e leve do mundo, o Magic V3. Na viagem que fizemos com a marca à China, tivemos oportunidade de falar com Robin Wu, diretor de produto global de smartphones premium da Honor.

Numa conversa franca com a imprensa, discutiram-se vários temas, mas ficou uma ideia clara: a Honor quer seguir o seu próprio caminho, sem se preocupar com tendências e com o foco bem definido para os seus equipamentos: design, câmara, bateria e inteligência artificial.

Robin Wu, Honor
Robin Wu, Honor

A verdade é que tanto o Magic6 Pro destacam-se no design, câmaras e bateria. Tendo testado ambos os equipamentos, posso confirmá-lo. Têm dos ecrãs com maior aposta na saúde ocular, mas também no nível máximo de brilho. E a espessura da bateria de silício carbono do Magic V3 é simplesmente impressionante.

O "Agente de IA" da Honor é o próximo passo

Para passar ao próximo nível de inteligência artificial, a marca vai apostar naquilo a que Robin Wu chama de “Agente de IA”. O objetivo é que o utilizador tenha apenas de “falar com o smartphone” para que algo aconteça.

Foi dado o exemplo de “pedir um café”. O objetivo da Honor é conseguir parcerias com as várias aplicações de terceiros mais populares e com o seu agente de IA, proporcionar ao utilizador uma experiência simples nas mais variadas tarefas.

Não ficou totalmente explícito como este agente de IA vai funcionar, mas será certamente um pouco mais claro até ao final deste mês quando a marca apresentar os smartphones Magic7 na China. No entanto, só saberemos como isto se transportará para o nosso mercado, em fevereiro, no lançamento global.

Inteligência artificial deve ser “acessível a todos os utilizadores”

A visão da Honor é que a inteligência artificial deve ser “acessível a todos os utilizadores” e não pode ser apenas um gimmick (algo apenas feito para ser falado, mas que não contém valor). A Honor quer acrescentar valor às funções de IA e não ser apenas algo para mostrar como curiosidade.

Por exemplo, outra opção será poder pedir ao agente para nos avisar quando uma subscrição está a acabar ou quiçá desligar todos os serviços que temos subscritos. Há bastante potencial nestas palavras, mas preferimos esperar para ver.

honor

E claro, a colaboração com a Google nas funções de IA é para continuar. O Magic V3 e o Magic6 Pro receberam-se recentemente o Circundar para Procurar, para estarem em linha com alguns dos principais equipamentos Android.

Honor descarta lançamento de um tridobrável

Será que a Honor pode lançar o tridobrável, como fez a Huawei? Surpreendentemente ou não, Robin Wu descartou essa opção, pois questiona se “será assim tão usável em muitos cenários”. Para o executivo é “muito showoff”.

Ao executivo não preocupa a dificuldade em fazer, pois Robin Wu afirma que a marca tem os recursos necessários caso quisesse fazer um tridobrável. Mas só se preocupa com “cenários de uso” e não acreditam que haja tantos assim para esse produto.

Ainda sobre os dobráveis, discutiu-se também o facto de já termos atingido uma espessura surpreendente no V3, mas o V Flip não se destacar propriamente nisso (nem os rivais). Neste formato “precisam de mais tempo para ir ao próximo nível”, pois há menos espaço para componentes como a bateria.

“Este pode não ser o destino dos dobráveis”

Embora a Honor tenha um dobrável tipo livro (o V3) de referência globalmente e o V Flip (de tipo concha) na China, Robin Wu deixou no ar uma frase que dá que pensar. “Este pode não ser o destino dos dobráveis” em termos de formato, num mercado em constante evolução.

4gnews em reportagem na China 🇨🇳

Bruno Coelho
Bruno Coelho
Está na 4gnews desde 2017, onde dá asas à sua paixão por escrever sobre as novidades tecnológicas. Durante esse período já fez mais de 100 reviews e marcou presença em alguns dos grandes eventos tecnológicos, como a Mobile World Congress e IFA.