Na mesma semana que a Honor apresentou a sua família Honor 20, há um membro cujo lançamento está em standby: Honor 20 Pro. De acordo com a WinFuture, este telemóvel não recebeu a certificação Android, o que significa que não pode ser vendido no mercado Europeu com serviços da Google.
Portanto, o Honor 20 Pro não terá acesso à Play Store ou às atualizações de segurança da Google. Este fator não impede o telemóvel de correr uma versão 'improvisada' do Android mas sem serviços da Google, o apelo comercial é afetado.
Esta situação é uma das consequências da anulação da licença de Android da Huawei, por parte da Google. Como temos vindo a saber, o governo dos Estados Unidos proibiu as empresas americanas de fazer negócio com a Huawei.
A Honor não conseguiu certificar o Android a tempo para o Honor 20 Pro possivelmente porque o limite para obter as certificações era até 16 de maio. Em resposta a vários contactos da imprensa, a Honor apenas declarou que irão dar informações sobre a disponibilidade do Honor 20 Pro, assim que a tiverem.
Um sistema operativo próprio pode não ser solução suficiente
O CEO da divisão de Consumo Empresarial da Huawei, Yu Chengdong, disse esta semana que uma versão própria do sistema operativo pode estar pronta já em setembro. O chamado 'HongMeng OS' será supostamente compatível com todas as apps do Android e incluirá uma versão global para mercados internacionais.
No entanto, isso não garante o Android Q nos telemóveis Huawei, no futuro. Os consumidores querem os seus equipamentos atualizados e dificilmente irão aceitar com confiança uma alternativa ao Android. Principalmente no mercado ocidental onde o sistema operativo é dominante.
A Huawei garante que a 'guerra' não irá afetar os consumidores
No início da semana, Ren Zhengfei declarou que a Huawei já está pronta para 'enfrentar' os Estados Unidos há anos. Além disso, o CEO e fundador da gigante chinesa afirma que nem a empresa ou os consumidores serão afetados pelo término das licenças.
Não só a Google afastou-se da Huawei mas também fabricantes de componentes como a Qualcomm e ARM. Apesar disso, o CEO da Huawei continua a transmitir confiança porque a empresa tem o 'Plano B' e 'pneus sobressalentes'.
Ren mencionou ainda o mandato de prisão da sua filha, Meng Wanzhou. O CEO e fundador disse que foi esse acontecimento que despoletou toda esta situação e fez a Huawei perceber que estava na hora de agir.
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