A app de mensagens ToTok foi removida da Google Play Store pela segunda vez na sexta-feira passada. Esta app já tinha sido removida o ano passado, pouco tempo depois do seu lançamento, originalmente em julho de 2019.
A remoção foi feita com suspeitas de que a ToTok é, na verdade uma ferramenta de spyware criada para auxiliar os Emirados Árabes Unidos na monitorização de conversas que os utilizadores mantêm na aplicação. A ToTok começou por ser bastante popular no Médio Oriente, onde o WhatsApp e Skype são bloqueados.
Um relatório lançado pelo New York Times detalha que, como muitas aplicações atualmente, o ToTok pede acesso à câmara, fotografias microfone, localização, calendário e contactos do utilizador. Alegadamente, estas permissões permitem às autoridades árabes aceder às conversas e localizações das mesmas.
ToTok não reconheceu a controvérsia
A app ToTok emitiu um comunicado a reconhecer a remoção da Google Play Store. No entanto, não reconheceram nenhuma das controvérsias associadas, indicando apenas que a app foi removida devido a "problemas técnicos".
A verdade é que a app já tinha sido recolocada na Google Play Store em janeiro, sendo removida recentemente. Apesar das suspeitas, não é clara ainda porque a Google decidiu remover a aplicação, sendo que a empresa ainda não comentou a situação.
Ironicamente, a popular app de vídeos com nome similar TikTok está sobre algum escrutínio, tendo sido proibida a sua utilização em telemóveis militares nos Estados Unidos. As suspeitas são de que a TikTok recolhe informações sobre os utilizadores, na maioria jovens e crianças, enviando posteriormente para o governo chinês.
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