Aparentemente, as condições de trabalho na Apple não andam a agradar aos funcionários. Tanto assim é que há uma loja nos Estados Unidos (EUA) que vai fazer greve em protesto contra as políticas da empresa.
O espaço em questão fica em Maryland e emprega cerca de 100 pessoas. Não se trata de apenas “mais uma” loja da Apple, até porque foi a primeira da marca a ser sindicalizada. O movimento teve início em 2022.
Ainda não há data oficial para a greve
Em causa, está “mais de um ano de negociações com a administração da Apple que produziram resultados insatisfatórios”. Estas afirmações foram proferidas pela entidade responsável pela greve, a “IAM CORE”.
De acordo com a Engadget, as votações foram feitas neste fim de semana. Grande parte dos funcionários mostra descontentamento e a greve está mesmo prestes a acontecer. Ainda assim, não há conhecimento de uma data oficial, para já.
Em relação aos motivos que levam à greve, o sindicato queixa-se, principalmente, da dificuldade que os funcionários têm em equilibrar a vida pessoal e profissional.
As reivindicações alertam para “práticas de horários imprevisíveis que perturbam a vida pessoal e salários que não se alinham com o custo de vida da área”, tal como cita a mesma fonte.
Face a esta ação dos trabalhadores, a Apple reforça a estima que tem pelos seus funcionários. No comunicado da empresa, esta faz referência ao facto de ser a marca que mais paga no setor.
As queixas do sindicato em relação à Apple já não são de agora
Ainda assim, a Apple mostra-se aberta para trocar ideias com os trabalhadores. “Como sempre, envolver-nos-emos com o sindicato que representa a nossa equipa com respeito e boa fé” - escreve a empresa em comunicado oficial.
A questão é que, apesar desta aparente disponibilidade da Apple para conversar, os problemas já vêm de trás. O sindicato chegou a dizer que a empresa não dava benefícios a que os trabalhadores tinham direito.
Entre estes, destaca-se, por exemplo, o acesso a cuidados de saúde. Recorde-se que, há bem pouco tempo, o Conselho Nacional de Relações Trabalhistas (NLRB) também chegou a mencionar supostos incumprimentos da Apple.
Segundo a mesma fonte, a empresa fundada por Steve Jobs terá violado uma lei federal com reuniões anti-sindicais em Atlanta, nos EUA. Depois da resposta positiva dos funcionários face à greve, o sindicato voltará à carga.
Ao que tudo indica, a IAM CORE e a Apple irão discutir, em breve, acerca deste problema. A reunião está agendada para o dia 21 de maio e visa dar resposta a muitos problemas que os funcionários têm sentido.