A Fiido é uma das marcas mais reconhecidas no segmento de bicicletas elétricas. O seu mais modelo mais recente, a Fiido C11, chega ao mercado para ser a nova proposta da marca para o segmento das bicicletas citadinas.
Testei este modelo ao longo das últimas duas semanas e neste artigo conto-te a minha conclusão. Como é andar nela, onde se destaca e para quem pode ser este modelo.
Principais características da Fiido C11
Fiido C11
- Motor: traseiro de 55 Nm e 500 W
- Bateria: 500 Wh
- Autonomia: até 55 km (só com acelerador); até 90 km (com assistência à pedalagem)
- Velocidade máxima: 25 km/h (bloqueada); 40 km/h (desbloqueada)
- Proteção: IP54
- Sistema de travagem: hidráulico
- Velocidades: manuais; 6
- Iluminação: frontal e traseira
- Material do quadro: alumínio
- Peso máximo da carga: 120 kg
- Peso: 24,5 kg
- Na caixa: bicicleta, pedais, luz traseira e frontal, ecrã, guarda-lamas, carregador, ferramentas de montagem e manual de instruções
Unboxing e montagem
À semelhança de outros modelos da marca, na caixa da Fiido C11 encontras tudo o que precisas para a montagem. Todas as ferramentas que precisas estão incluídas e a montagem é, na verdade, bastante simples neste modelo.
Após montarmos o guiador, roda frontal, guarda-lamas e pedais, ficamos com a bicicleta pronta a partir para a estrada. Diria que se acertares com tudo, podes montar esta bicicleta sem problemas em 45 minutos. Podes seguir o manual de instruções, ou o vídeo partilhado pela marca.
Como sempre é aconselhável que faças um carregamento completo antes da primeira utilização. Normalmente já vem com alguma bateria, por isso não demorará muito.
Design prático e construção segura
Se considerarmos o preço base de 1099 € (ou 899 € em campanha), a Fiido C11 é uma bicicleta bem construída. O quadro em alumínio com aspeto step-through, torna-a ideal para quem tem mais dificuldade em entrar ou sair da bicicleta.
Os acabamentos são bons e não vemos muitos cabos, o que dá uma sensação de que foi uma bicicleta muito bem pensada. Como já foi referido, o facto de a bateria ser removível é muito importante. Esta pode ser retirada para carregares no trabalho, ou deixar a bicicleta na garagem e levar apenas a bateria para carga em casa.
Temos um rack (bagageira) traseiro, que poderá agradar aos utilizadores que pretendem levar uma bolsa ou um cesto. Afinal esta é uma bicicleta com algum cariz utilitário. Os pneus pendem mais para o fino, mas têm uma boa aderência ao asfalto. O facto de ter suspensão frontal, torna-a apta a algum piso menos agradável.
Um ponto crucial nesta bicicleta é a personalização do ângulo do guiador. Isto permite que os utilizadores possam ter uma posição a guiar que mais os acomode, já que este pode ficar mais baixo ou afastado, ou mais próximo e alto.
Potência mais que suficiente
Com um motor traseiro de 500 W e 55 nM, podes ficar descansado quanto à potência nesta bicicleta. Não se nega nem às subidas mais íngremes da cidade, com uma agilidade que considero bem suficiente. E se necessário, tens seis velocidades manuais.
A experiência de condução é ótima, notando-se apenas a falta de sensor de torque. Isto faz com que sintas um leve atraso no arranque. Mas nada que não esperássemos numa bicicleta que está a ser vendida a partir de 899 €.
É um motor que se ouve, sem passar a linha do incomodativo. Sentes que ele está lá, mas a potência compensa. E mesmo sem sensor de torque, não sentimos quaisquer solavancos no arranque, sendo uma experiência bastante suave.
Um pormenor a ter em conta é que esta tem uma patilha para aceleração manual, que funciona até 25 km/h com a bicicleta bloqueada ou 40 km/h com esta desbloqueada (basta premir um botão para tal). Isso é algo que terás de ter em conta segundo as regulações da tua zona. O acelerador dá bastante jeito no arranque, mas também te permite andar sem ter de pedalar. Mas claro, isso terá um efeito menos positivo na autonomia.
Autonomia que não te deixa na mão
A bateria da Fiido C11 é bastante boa para as deslocações diárias. A marca promete até 55 km com uso do acelerador e 90 km com uso da assistência à pedalagem. É claro, estes números só em utilização ideal.
Na realidade podes contar com autonomia para 60 a 70 km com uso da assistência à pedalagem. Com uso exclusivo do acelerador, diria que podes esperar autonomia para 35 a 40 km. Mas claro, isto vai depender das condições do piso, elevação, temperatura e peso do utilizador.
Tendo em conta que se destina a utilização diária, acho que é uma autonomia que não vai deixar ninguém na mão. E como a bateria é removível recorrendo a uma chave, facilmente a retiras e colocas a carregar.
Travagem de qualidade e vários modos de condução
Para uma bicicleta desta faixa de preço, esperam-se alguns cortes. Mas a Fiido não cortou numa das coisas mais importantes: a qualidade da travagem. Temos travões hidráulicos, que te dão confiança para o dia a dia ou quando tens de fazer uma travagem de emergência.
Temos cinco modos de assistência à pedalagem, que poderás usar a teu bel-prazer. Mas, no modo 2 ou 3 conseguirás ter uma experiência de qualidade e prolongar a autonomia. O selim revelou-se bastante confortável por longos períodos de utilização.
Outro ponto muito positivo é a iluminação frontal e traseira. Esta é de boa qualidade para veres e seres visto. Na luz traseira, mesmo quando desligada, esta sinaliza aos outros condutores quando travas. Devia ser sempre assim.
Ecrã surpreendentemente bom
O ecrã da Fiido C11 está longe de ser dos maiores entre os modelos que já testámos. Mas posso dizer-te que é dos que apresenta melhor visibilidade, mesmo sob luz solar intensa ou quando usamos óculos de sol.
Este vem acompanhado por quatro botões: um para ligar e desligar a bicicleta, outro para a campainha, outro para alterares os modos de assistência à pedalagem e outro para alterares o que queres ver no ecrã.
Por padrão, vemos o modo em que estamos ao fundo, a velocidade atual ao meio e a estimativa da bateria restante em cima. Mas em querendo, é possível ver outros dados como o odómetro, a distância percorrida nessa viagem ou a velocidade média.
Veredicto: excelente relação preço-qualidade
A custar 1099 € (ou 899 € em campanha) a Fiido C11 é uma excelente relação qualidade-preço se procuras uma bicicleta elétrica para deslocação diária em cidade. Tem o arcaboiço necessário para aguentar as deslocações em cidade ao nível da potência e de bateria, que é removível. Para os mais aventureiros pode ser desbloqueada e tem acelerador disponível.
O design step-through torna-a ideal para utilizadores que tenham maiores dificuldades em entrar e sair da mesma. O ecrã, embora pequeno, tem excelente visibilidade. Os travões hidráulicos proporcionam uma experiência de travagem muito boa e a iluminação também não fica atrás. Peca apenas por não ter sensor de torque, que provavelmente a iria encarecer. O motor é audível, mas nada que comprometa.
Se estás à procura de uma bicicleta elétrica com esta configuração para cidade, a Fiido C11 é um modelo que deves seguramente considerar. Seja para as deslocações diárias ou simples passeios, é uma alegria de guiar.
Fiido C11
- Motor: traseiro de 55 Nm e 500 W
- Bateria: 500 Wh
- Autonomia: até 90 km
- Velocidade máxima: 25 km/h
- Sistema de travagem: hidráulico
- Velocidades: manuais; 6
