Febre do ChatGPT faz soar alarme nos EUA

Mónica Marques
Mónica Marques
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Uma pesquisa recente da Reuters/Ipsos mostrou que muitos trabalhadores nos Estados Unidos da América estão a recorrer ao ChaGPT para executar tarefas básicas.

Esta febre está a fazer soar alarmes por todo o país por poder resultar em violações do direito de propriedade intelectual e fugas de informação sobre estratégia.

Apenas 22% dos entrevistados confirma que a sua empresa permite o uso de ChaGPT

imagem de chatGPT no ecrã de um computador
Algumas empresas estão a proibir o uso do ChatGPT, mas outras estão a seguir o caminho inverso Crédito@FranzBachinger/Pixabay

O uso do ChaGPT está generalizado por todo o mundo, seja numa perspetiva de entretenimento ou profissional. Recentemente, a Reuters em conjunto com a Ipsos fez um estudo nos EUA que demonstra que muitos trabalhadores norte-americanos recorrem à plataforma de Inteligência Artificial generativa para executar tarefas básicas.

Esta prática levou a que várias empresas de segurança fizessem soar todos os alarmes, mostrando que este processo de trabalho pode violar direitos de propriedade intelectual e até dar origem a fugas de informação sobre estratégias empresariais.

De acordo com a pesquisa efetuada, vários trabalhadores recorrem ao ChatGPT para redigir e-mails, resumir documentos e também fazer pesquisas preliminares.

Neste estudo, 28% dos entrevistados assumiu que usa a plataforma de Inteligência Artificial generativa frequentemente e apenas 22% dos trabalhadores da pesquisa confirmou que as suas empresas permitem o uso desta ferramenta.

Já 10% dos entrevistados assumiu que as chefias hierárquicas proibiram explicitamente o uso do ChatGPT enquanto 25% não sabia sequer se a sua empresa permitia o uso desta plataforma para execução de tarefas laborais.

Bem King, vice-presidente da empresa de segurança Okta, explicou que “as pessoas não percebem como os dados são usados quando usam os serviços de Inteligência Artificial generativa”. O mesmo responsável esclareceu ainda que os utilizadores não têm um contrato com este tipo de plataforma e, por essa razão, empresas como a OpenAI não correm riscos.

Confrontada com esta situação, a OpenAI não quis fazer comentários sobre as implicações da utilização do ChatGPT por trabalhadores de empresas, mas sublinhou que os dados de parceiros corporativos não estão a ser usados para treinar o chatbot, a não ser que seja dada uma autorização explícita.

Samsung proíbe uso de IA e Coca-Cola cria a sua própria plataforma

Mas enquanto algumas empresas optam por medidas drástica, outras tentam usar a tecnologia em seu próprio proveito.

De acordo com a Reuters, a Samsung proibiu os seus funcionários, a nível global, de usar o ChatGPT ou plataforma de IA generativa semelhantes. Tudo porque descobriu que um funcionário seu tinha carregado para a plataforma um código confidencial.

Já a Coca-Cola seguiu por um caminho totalmente diferente. A conhecida marca de refrigerante lançou, internamente, a sua versão corporativa do Coca-Cola ChatGPT para produtividade para melhorar o desempenho e eficácia das suas equipas.

Já a Alphabet, tal como a agência Reuters noticiou em junho, alertou os funcionários para o uso deste tipo de plataformas, incluindo o Bard da Google, enquanto promove o produto a nível global.

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Mónica Marques
Mónica Marques
Ao longo de mais de 20 anos de carreira na área da comunicação assistiu à chegada do 3G e outros eventos igualmente inovadores no mundo hi-tech. Em 2020 juntou-se à equipa do 4gnews. monicamarques@4gnews.pt