Falar com Abraham Lincoln numa plataforma digital Meta será possível já em setembro

Mónica Marques
Mónica Marques
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Já no próximo mês de setembro, a Meta vai lançar chatbots nas suas plataformas digitais que vão interagir com todos os utilizadores, numa conversa em tempo real.

Estes chatbots vão assumir diferentes personalidades e para já há conhecimento da existência de um surfista e do presidente Abraham Lincoln. Mas também há perigos associados.

Meta vai apresentar as suas novidades IA no evento Connect de setembro

imagem alusiva à Inteligência Artificial
Meta pode incluir chatbots com personalidades diferentes nas suas redes sociais Crédito@JuliusH/Pixabay

Na sua conferência Connect, prevista para setembro, espera-se que a Meta apresente uma novidade que poderá ser um novo caminho para a Inteligência Artificial. Mark Zuckerberg irá apresentar chatbots, baseados em Inteligência Artificial, que vão assumir personalidades diferentes para conversarem com os utilizadores, em tempo real.

A informação está a ser avançada pelo The Financial Times que revela ainda dois dos chatbots que vão ser apresentados. Um vai assumir a personalidade de um surfista que vai fornecer recomendações de viagens para os adeptos desta modalidade e outra será, nem mais nem menos, que o presidente Abraham Lincoln.

Estes chatbots personalizados vão funcionar para fazer pesquisas, recomendações, mas também para divertirem os utilizadores. Na prática, têm a missão de atrair e fidelizar mais utilizadores para todas as plataformas digitais da Meta.

Por outro lado, estes chatbots vão também ser capazes de recolher grandes quantidades de informação sobre os interesses dos utilizadores, o que pode ajudar a empresa de Mark Zuckerberg a segmentar melhor os anúncios para cada utilizador. Como consequência direta, a Meta pode aumentar a receita publicitária.

Chatbots humanizados levantam algumas preocupações

Ainda que a apresentação destes novos chatbots não tenha sequer acontecido, vários especialistas da área de tecnologia já revelaram preocupações com esta interação entre pessoas e Inteligência Artificial humanizada.

Tudo porque levanta questões sobre a privacidade, mas sobretudo pelo perigo da disseminação de desinformação. Como exemplo, os especialistas recordam incursões anteriores da Meta neste campo de chatbots que rapidamente foram corrompidos e começaram a divulgar informação falsa e, em alguns casos, até um discurso de ódio.

Entretanto, uma fonte anónima da Meta já revelou que a empresa pode integrar tecnologia nestes chatbots para filtrar as perguntas feitas pelos utilizadores, de forma a garantir que são apropriadas.

Assim, como também pode automatizar as verificações para as respostas dos chatbots para evitar a disseminação de informação falsa ou discurso de ódio.

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Mónica Marques
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Ao longo de mais de 20 anos de carreira na área da comunicação assistiu à chegada do 3G e outros eventos igualmente inovadores no mundo hi-tech. Em 2020 juntou-se à equipa do 4gnews. monicamarques@4gnews.pt