A Facebook tem estado envolvida em vários escândalos de segurança e eis que surge mais um relato do género. Desta feita, a empresa fundada por Mark Zuckerberg quis comprar a ferramenta Pegasus usada para hackear iPhones.
Esta revelação surgiu no âmbito de um processo judicial em que a Facebook acusa a NSO Group, responsável pela Pegasus, de explorar uma falha de segurança no WhatsApp. Graças a esta vulnerabilidade era possível instalar spyware em smartphones Android e iOS.
Facebook julgava que não conseguia espiar os utilizadores iOS o suficiente
Segundo o que foi avançado pelo NSO Group, em outubro de 2017, dois representantes do Facebook entraram em contacto com a empresa israelita. O propósito era comprar os direitos da sua ferramenta Pegasus.
Esta ferramenta permite fazer jailbreak a qualquer iPhone e, consequentemente, recolher dados sensíveis dos utilizadores. Assim, informações como o histórico de chamadas, credenciais ou até o histórico de localização ficariam ao dispor da rede social.
"Os representantes do Facebook declararam que o Facebook estava preocupado com o fato de o seu método de recolha de dados do utilizador por meio do Onavo Protect ser menos eficaz em dispositivos Apple do que em dispositivos Android. Os representantes também declararam que o Facebook queria usar os supostos recursos do Pegasus para monitorizar utilizadores em dispositivos Apple e estava disposto a pagar pela capacidade de monitorizar os utilizadores do Onavo Protect."
A rede social quis adquirir e Pegasus pelo seu receio de não conseguir espiar os utilizadores iOS com a mesma eficácia que os Android. A NSO Group recusou os direitos da sua ferramenta apenas porque a Facebook não é uma entidade governamental.
Afinal o que era a Onavo Protect
Esta ferramenta foi lançada pela Facebook prometendo uma VPN gratuita para todos os seus utilizadores. Sendo uma VPN, a Onavo Protect prometia manter o anonimato dos seus utilizadores enquanto estes navegam na internet.
No entanto, esta ferramenta foi concebida com o intuito de recolher informações pessoais dos utilizadores. Nos termos da Onavo Protect era referido que ela usaria os dados dos utilizadores para melhorar a qualidade dos serviços fornecidos pela rede social.
Naturalmente que isto despoletou um escândalo e não tardou até que Apple obrigasse a Facebook a remover a aplicação da App Store. Quando o caso parecia estar ultrapassado, eis que este esquema de espionagem levado a cabo pela rede social volta a ser notícia.
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