Os carros elétricos são um dos grandes destaques do setor automóvel, nos últimos tempos. Mais carros elétricos, mais baterias de lítio produzidas, algumas delas descartadas, e é aí que entra o próximo grande plano da Europa.
De acordo com a Oil Price, é expectável que os governos e produtores de baterias do “velho continente” comecem a apostar, cada vez mais, na reciclagem de baterias. A mesma fonte avança que o investimento feito tem sido na ordem dos milhares de milhões.
O que se perde ao “deitar fora” uma bateria?
Efetivamente, ao deitar fora uma bateria, criam-se mais resíduos, o que é crítico, numa altura em que a sustentabilidade é tema de ordem. Para além disso, há que analisar a composição das mesmas e ver o potencial que estas têm em si.
Se repararmos, muitas das baterias contêm alguns minerais, como lítio, cobalto, manganês, entre outros. Os minerais em questão podem ser bastante úteis numa transição ecológica e aproveitados para conceber tecnologia limpa.
A questão é que, aparentemente, os minerais referidos não são propriamente abundantes. Por isso mesmo, em vez de deitar fora as baterias dos carros elétricos, a sua reutilização promete ser uma estratégia interessante.
Empresas na Europa que têm apostado forte nesta área
Passando do geral para o particular, há vários exemplos de empresas que têm apostado neste campo. Se olharmos para a Suíça, por exemplo, temos casos como a Librec, que pretende reciclar até 12.000 toneladas por ano.
Dando agora um saltinho até à Holanda, também conseguimos ver casos como o da SK. Ao que tudo indica, a empresa abriu uma fábrica de 10.000 metros quadrados em Roterdão que deverá ser expandida para o seu quádruplo.
É expectável que a mesma consiga reciclar até 10.000 toneladas de baterias todos os anos. No entanto, este valor promete aumentar, quando as próprias dimensões da fábrica também aumentarem.
Exemplos não faltam e outro deles é a Cylib: uma empresa da Alemanha. Esta é apoiada pela Porsche e está a construir uma fábrica com 22.000 metros quadrados. Ficou por uma quantia aproximada de 200 milhões de dólares.
Todos os anos, é de esperar que a Cylib consiga reciclar até 30.000 toneladas de baterias, o que é um valor ainda maior do que os anteriores. Só em apoios, a Cylib angariou 55 milhões de euros. Além da Porsche, também a Bosch contribuiu.
Uma chave para o futuro na Europa
Quem vê esta nova fábrica como um grande passo é a própria CEO da Cylib. Nas palavras de Lilian Schwich, "a Cylib atingir a produção em escala industrial será um fator-chave na construção de uma infraestrutura de baterias europeia robusta"
Esta acrescenta ainda que "a reciclagem de baterias é pioneira na economia circular, provando que o sucesso económico é compatível com o impacto ambiental reduzido" (via Oil Price).
Parece que o mote está lançado, pelo que resta ver a evolução dentro do setor das baterias recicladas. Por enquanto, o investimento vai sendo bastante notório.