
Rendimentos mais elevados impulsionam procura por ar condicionado
De acordo com um novo relatório da Agência Internacional de Energia (IEA), o aumento de calor, assim como as alterações culturais e nos rendimentos estão a levar as pessoas a procurarem mais equipamentos de ar condicionado.
A mesma agência recorda que em 2024, as temperaturas globais “atingiram 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais, pela primeira vez, intensificando a frequência e a gravidade de eventos climáticos, como as ondas de calor”.
Segundo a IEA, atualmente 35 mil milhões de pessoas vivem em zonas com temperaturas elevadas; no entanto, apenas 15% desta população tem ar condicionado. Mas, nos próximos anos, a situação vai mudar.
Aliás, de acordo com o mesmo estudo, na Europa a aceleração deste mercado fez-se já sentir quando as primeiras ondas de calor atingiram esta região. Os dados indicam que os consumidores procuram mais um equipamento de ar condicionado portátil em vez de um fixo.
Tudo porque os aparelhos portáteis não necessitam de ser instalados por um profissional, assim como podem ser colocados em várias divisões da casa.
Os desafios que esta procura traz consigo
A crescente procura por equipamentos de ar condicionado em tudo mundo traz consigo novos desafios, como por exemplo, o aumento do consumo da eletricidade.
A IEA refere a onda de calor no início deste verão que, em França, levou a um aumento de 25% no consumo energético noturno. Ainda que este país registe uma baixa penetração destes equipamentos nas casas das pessoas.
A onda de calor que também se fez sentir em Nova Iorque trouxe consigo números bastante mais assustadores. Houve um aumento de 90% no consumo energético noturno.
Estes picos de consumo, avança a IEA, podem “colocar em risco o acesso e fiabilidade dos sistemas de energia”. E todos nos lembramos do apagão que paralisou Portugal e Espanha durante várias horas consecutivas.
Mas a Agência Internacional de Energia salienta que, atualmente, as redes energéticas estão já em expansão na Europa, exatamente para permitir estes picos de consumo oriundos dos equipamentos de ar condicionado, mas também de outros produtos, como por exemplo, os carros elétricos.