Um novo estudo conduzido por investigadores da University of Exeter e da Maastricht University, do Reino Unido, identificou 15 fatores de risco para o desenvolvimento de demência precoce, que afeta pessoas com menos de 65 anos.
De acordo com o estudo, publicado na revista científica JAMA Neurology, quase 40% dos casos de Alzheimer e demências relacionadas poderiam ser prevenidos por meio de cuidados que abordassem esses fatores.
Quais são os fatores de risco segundo o estudo
Após acompanhar os dados de 350 mil participantes com menos de 65 anos no Reino Unido, a partir de informações do UK Biobank, os cientistas perceberam padrões em certo fatores nos pacientes que desenvolveram demência precoce. A lista inclui desde hábitos de estilo de vida até pré disposições genéticas e outra doenças:
- Baixo nível de escolaridade
- Status socioeconómico mais baixo
- Isolamento social
- Deficiência de vitamina D
- Altos níveis de proteína C reativa
- Variação genética (Genes APOE4)
- Transtorno por uso de álcool
- Abstinência total de álcool
- Menor capacidade de agarrar ou segurar objetos usando as mãos
- Deficiência auditiva
- Diabetes
- Doença cardíaca
- Depressão
- Hipotensão ortostática
- Acidente vascular cerebral
De acordo com os cientistas, o estudo não prova que esses fatores sejam a causa principal da demência precoce. Contudo, por serem considerados fatores de risco, a sua descoberta pode fornecer insights valiosos para pesquisas futuras sobre tratamentos e procedimentos de prevenção.
“A demência de início precoce tem um impacto muito sério, porque as pessoas afetadas geralmente ainda têm emprego, filhos e uma vida ocupada. Muitas vezes, presume-se que a causa seja genética, mas para muitas pessoas não sabemos exatamente qual é a causa. Por isso também queríamos investigar outros fatores de risco", afirmou um dos investigadores responsáveis, Stevie Hendriks, em comunicado divulgado pela Exeter.
Segundo David Llewellyn, que também integra a equipa de cientistas, a missão das pesquisas é prevenir, identificar e tratar a demência em todas as suas formas de uma forma mais direcionada, e ainda há muito a aprender.
“Revelamos pela primeira vez que podemos ser capazes de tomar medidas para reduzir o risco desta condição debilitante, através da abordagem a uma série de fatores", explicou Llewellyn.
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