Chama-se Tin Can, foi desenhado para ser simples, colorido e retro, e apresenta-se como uma alternativa mais segura aos smartphones. Estamos a falar do “telefone fixo do futuro”, que está a chamar a atenção nos Estados Unidos e promete oferecer às crianças uma forma de comunicar sem a exposição constante aos ecrãs.
Design retrô, sem ecrã e focado no essencial
O Tin Can usa aquele estilo clássico dos telefones fixos, com um fio encaracolado típico dos modelos antigos. A ausência total de ecrã e de aplicações deixa claro o objetivo: afastar as crianças da tentação dos jogos, redes sociais ou notificações constantes, sem eliminar completamente a possibilidade de comunicação.
Apesar da simplicidade, continua a ser um dispositivo conectado. Conta com Wi-Fi integrado, que permite fazer chamadas de voz, uma funcionalidade que, segundo os criadores, ajuda a criar “independência e conexões mais pessoais com amigos e familiares”.
Gestão parental através de aplicação
Depois de ligado à rede Wi-Fi, o Tin Can pode ser totalmente gerido por uma aplicação instalada no telemóvel dos pais. É através dela que se definem quais os números autorizados a contactar a criança, evitando chamadas de spam e desconhecidos. Para muitas famílias, esta filtragem representa um nível de segurança muito superior ao de um smartphone tradicional.
O aparelho também permite configurar horários de “não perturbe”, úteis para a noite ou momentos de estudo, garantindo que o telefone não faça nem receba chamadas nesse período.
Inclui ainda caixa postal e pequenas funcionalidades divertidas, como o atalho que permite marcar "HAHA" para ouvir uma piada diária. São detalhes simples, mas que criam uma experiência segura e adaptada ao público mais jovem.
Ideia nasceu de preocupações com o tempo de ecrã
O Tin Can foi criado em Seattle por Chet Kittleson, Graeme Davies e Max Blumen. Segundo Kittleson, a inspiração veio da própria experiência como pai, numa fase em que procurava uma solução para os filhos comunicarem com amigos sem recorrer a um smartphone completo.
A preocupação é comum a muitos pais, especialmente numa altura em que o debate sobre a "geração ansiosa" e o impacto do tempo de ecrã ganha cada vez mais espaço.
A startup já arrecadou US$ 3,5 milhões num financiamento inicial, mostrando que há interesse de mercado neste tipo de produto.
Preço, modelos e planos disponíveis
Como pode ser visto na página oficial do Tin Can, o telefone custa entre US$ 75 e US$ 100, dependendo do modelo, o que corresponde a aproximadamente 65 € a 87 €. A utilização pode ser feita apenas com o plano gratuito "Can 2 Can", que permite chamadas ilimitadas entre telefones Tin Can usando um identificador de 5 dígitos.
Para quem precisa de chamadas para o exterior (números fixos, telemóveis ou outros serviços) existe o plano "Party Line", que custa US$ 9,99 por mês. Este plano desbloqueia chamadas para números externos, desde que estejam previamente autorizados pelos pais.
Porque este tipo de produto pode fazer sentido em Portugal
Apesar de Portugal ser um país com alta adoção de smartphones, cresce a preocupação com o uso excessivo de ecrãs entre crianças e adolescentes. Desde setembro deste ano, inclusive, todas as escolas públicas e privadas do país precisam seguir a medida oficializada pelo Ministério da Educação que determina a proibição do uso de smartphones em ambiente escolar a todos os alunos do 1.º ao 6.º ano.
Para famílias que procuram um compromisso entre segurança, autonomia e controlo, um dispositivo como o Tin Can resolve vários problemas: comunicação simples, zero acesso a redes sociais e gestão total pelos pais.
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