Quando analiso uns auscultadores que custam 299 €, como os novos Nothing Headphone (1), é fácil focarmo-nos no seu design transparente único ou na qualidade de som afinada em parceria com a KEF. Mas para mim, depois de os usar intensivamente no dia a dia, o detalhe que realmente os distingue da concorrência é algo que muitas marcas parecem não ligar tanto: os controlos.
Controlos são do melhor nos Nothing Headphone (1)
A maioria dos auscultadores modernos aposta em botões muitos parecidos ou painéis táteis para controlar tudo. O problema? Na prática, não é assim tão intuitivo. Um toque para isto, dois toques para aquilo, deslizar para cima, deslizar para o lado. E nós, utilizadores, somos forçados a memorizar uma coreografia de gestos ou posicionamento de botões que pouco diferem.
Quando tens os fones na cabeça, não estás a ver onde tocas, e a experiência pode tornar-se frustrante muito rapidamente. A Nothing decidiu remar contra esta maré e apostou em controlos físicos distintos, e é aqui que reside a sua boa abordagem. Em vez de um painel ou botões muito parecidos, tens três mecanismos diferentes e fáceis de identificar pelo tato:
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O "Roller": no fundo, é uma rodinha que sentes perfeitamente com o dedo. A sua função principal é controlar o volume de forma precisa e tátil. Um clique rápido na rodinha dá play ou pausa na música. Um clique mais longo alterna entre o cancelamento de ruído ativo e o modo de transparência. É simples, mecânico e funciona sempre.
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O "Paddle": é uma pequena alavanca física. Queres passar para a próxima música? Empurras para a direita. Queres voltar à faixa anterior? Empurras para a esquerda. Sem gestos para adivinhar. Simples, eficaz e à prova de erro.
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O "Button": é um único botão físico que podes personalizar totalmente na aplicação Nothing X. Queres que ele ative o Gemini ou o Google Assistant com um toque? Podes. Queres que ele abra diretamente a tua aplicação de música? Também podes. E também pode ser usado para gravares um áudio e mandar para o Essential Space, se tiveres um smartphone da marca.
Até para ligar e desligar os auscultadores, a Nothing optou por um slider físico em vez de um botão de pressão, evitando que os desligues acidentalmente ao ajustá-los na cabeça. Ao dar a cada função principal um controlo físico distinto e com uma sensação tátil diferente, a Nothing eliminou por completo a adivinhação do processo.
Tu sabes, pelo que sentes nos dedos, em que controlo estás a mexer e o que vai acontecer a seguir. É uma experiência muito mais intuitiva, fiável e, honestamente, muito mais satisfatória. É, para mim, o detalhe favorito e ajuda a fazer dos Nothing Headphone (1) uns auscultadores especiais e recomendáveis.
Podes ler a minha análise completa aos Nothing Headphone (1).