O mercado móvel em Portugal está a atravessar uma fase de transformação, marcada por um consumo de dados crescente e uma vontade crescente dos portugueses em mudar de operadora. Os dados da ANACOM relativos ao terceiro trimestre de 2025 confirmam que a MEO continua a ser a operadora dominante no serviço móvel, detendo 36,1% dos acessos ativos.
MEO domina serviço móvel em Portugal, seguida pela NOS
Esta liderança reflete a tendência geral do mercado, onde já tínhamos noticiado que a MEO bateu a NOS, Vodafone e DIGI em Portugal no segmento fixo, consolidando a sua posição transversal. No móvel, a NOS ocupa a segunda posição com 31,0%, sendo a operadora que mais cresceu em quota de mercado (+0,7 pontos percentuais).
A Vodafone fecha o pódio com 27,8%, registando uma quebra de 0,7 pontos percentuais. O Grupo DIGI/NOWO surge com 2,9% de quota, num sinal claro de que a operadora preferida dos portugueses continua a ser um tema de disputa acesa.
Portabilidade disparou 52,2% num ano
Um dos indicadores mais impressionantes deste trimestre é o aumento da portabilidade. Foram portados 211,5 mil números móveis, o que representa um disparo de 52,2% face ao ano anterior. Ora, foi precisamente há pouco mais de um ano que a DIGI chegou a Portugal, pelo que não deixamos de associar um facto ao outro.
O comportamento dos utilizadores também mudou drasticamente. O tráfego de voz diminuiu ligeiramente, com cada português a falar, em média, cerca de 7 minutos por dia ao telemóvel. Em contrapartida, o consumo de internet móvel explodiu. O tráfego de dados aumentou 37,2%, com cada utilizador a consumir uma média de 17,7 GB por mês. Curiosamente, é a NOS que lidera na quota de tráfego de dados (35,8%), superando a Vodafone e a MEO neste parâmetro específico.
Adoção do 5G continua a crescer massivamente
A tecnologia 5G já é uma realidade para uma grande fatia da população. No final de setembro de 2025, existiam 5,3 milhões de utilizadores de internet móvel através de 5G, um salto de 60,7% num ano. Atualmente, cerca de 39,2% dos acessos móveis já utilizam esta rede de última geração.
Outra tendência clara é o abandono dos tarifários pré-pagos ("de carregar"), que caíram 17,7%, à medida que os consumidores migram para planos pós-pagos ou híbridos, muitas vezes integrados em pacotes de serviços.
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