Esta inteligência artificial pode acabar com a privacidade como a conhecemos. Entende

António Guimarães
António Guimarães
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Um programador australiano de nome Hoan Ton-That criou uma app que permitia às pessoas colocar o cabelo de Donald Trump nas suas fotos. Posteriormente, o australiano elevou a fasquia e criou uma app de reconhecimento facial, enviando-a para várias autoridades como departamentos de polícia na Florida e FBI.

A app, que pertence à sua pequena empresa Clearview AI, permite tirar uma fotografia a uma pessoa e compará-la com uma base de dados gigantesca, mostrando todas as outras fotografias que correspondam à características faciais da original.

A verdade é que de acordo com o New York Times, a app já ajudou as autoridades a resolver vários casos de roubo de propriedade, identidade, fraude financeiras e até abuso de crianças.

Mesmo assim, continua a pender a questão ética: até que ponto devem as autoridades possuir este tipo de ferramentas? É o mesmo debate com a Apple e o FBI, que continua a insistir que a Apple devia criar uma "chave-mestra" para desbloquear iPhones de criminosos.

Estamos numa altura onde a privacidade é algo que temos de esquecer quando acedemos à internet. No entanto, isso não significa que a mesma possa ser invadida por qualquer indivíduo. O crescimento das Deepfakes e a criação de conteúdos falsos é um dos riscos das I.A.

Sundar Pichai quer regulamento nas inteligências artificiais

O CEO da Google, Sundar Pichai, publicou um documento no Financial Times a avisar sobre os efeitos negativos das inteligências artificiais na sociedade. Pichai afirma que as empresas tem de ser cuidadosas no desenvolvimento de tais tecnologias.

Sundar Pichai acrescenta ainda que as I.A. não podem ser reguladas pelas empresas, devido aos interesses financeiros das mesmas. O CEO afirma que cabe aos governos criar regulamentos para que as I.A. não sejam utilizadas para fins mais nefastos, ou pelo menos que não seja incentivado tal uso.

União Europeia também quer regular o desenvolvimento das I.A.

Recentemente, foi relatado que a União Europeia quer criar um plano para se certificar que as tecnologias de inteligência artificial são aplicadas de forma ética. Esta plano poderá limitar o acesso a inteligências artificiais por parte de empresas públicas ou privadas.

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António Guimarães
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Juntamente com os seus atuais companheiros Mi A2 e Surface Go, batalha para elucidar as massas sobre todos os acontecimentos da esfera tecnológica. "Informação é poder" é a frase que o acompanha diariamente. Talvez um dia a coloque numa t-shirt.