A Cellebrite, empresa forense israelita, desenvolveu um sistema capaz de desbloquear qualquer iPhone, iPad ou equipamento Android. A empresa está tão confiante que partilhou no Twitter a nova versão do seu serviço, chamado UFED Premium (Aparelho de Extração Forense Universal).
Este serviço é vendido à polícia ou mesmo governos, com a intenção de desbloquear equipamentos pertencentes a criminosos ou que possam conter informação sensível.
No entanto, não é a primeira vez que a Cellebrite tem destaque por causa do seu sistema de desbloqueio. Em 2016, a empresa ficou conhecida por supostamente colaborar com o FBI para desbloquear o iPhone 5C de um terrorista, algo que a Apple recusou-se a fazer.
A que dados terá acesso o UFED Premium
No site oficial, a Cellebrite explica que o UFED vai permitir às autoridades acesso a dados de terceiros, conversas, e-mails guardados com respectivos anexos e até conteúdo apagado do telemóvel.
A Cellebrite detalhou ainda que o UFED consegue desbloquear dispositivos iOS desde a versão 7 à recente 12.3. Em relação ao Android, os únicos modelos mencionados foram desde o Samsung Galaxy S6 ao Galaxy S9. Huawei e Xiaomi também foram mencionadas.
Há quem considere este tipo de serviços violação de privacidade
Este tipo de serviços e aparelhos existem numa área moral cinzenta. Nos comentários da publicação temos a maioria dos utilizadores a discordar da ética da Cellebrite.
Um comentário bastante pertinente afirma que era preferível vender estes serviços à Apple ou Google para tornar os telemóveis mais seguros. Por outro lado isso tornaria os equipamentos impenetráveis, dando mais poder a indivíduos mal intencionados.
A questão é: até que ponto é moralmente ético as autoridades ou governo poderem desbloquear equipamentos pessoais em busca de informação? Apenas em casos de crime ou terrorismo? E se existirem apenas suspeitas? Deixa a tua opinião nos comentários.