Director do Star Wars recusou contrato de exclusividade com a Apple

António Guimarães
António Guimarães
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De acordo com o Hollywood Reporter, J.J. Abrams e a sua equipa recusaram um contrato de exclusividade para o serviço de televisão Apple TV+. O serviço de streaming da Apple vai conter séries exclusivas e originais, à semelhança da Netflix e HBO.

O contrato em questão tinha um valor de 500 milhões de dólares. Recentemente, o diretor dos novos filmes da saga Star Wars e a sua empresa de produção Bad Robot Productions assinaram um contrato com a Warner Media, no valor de 250 milhões de dólares.

Porque é que J.J. Abrams recusou o contrato da Apple

Embora Abrams ou a sua equipa tenham comentado diretamente o assunto, existem duas razões principais para a recusa do contrato da Apple. A primeira é a liberdade criativa do seu contrato com a Warner Media, que provavelmente não iria ser a mesma com a Apple.

O contrato da Warner permite a Abrams e à sua produtora trabalhar em outros projectos não relacionados com a Warner. Considerando que Abrams tem projectos com a Paramount Pictures e o seu importantíssimo contrato com os filmes Star Wars, o diretor tem as mãos demasiado cheias.

A segunda razão é que um contrato de exclusividade seria demasiado restritivo para Abrams. O serviço Apple TV+ pode até ser promissor mas não possui material suficiente para manter o diretor ocupado durante muito tempo. Juntamos a isso a inexperiência da Apple no mundo de Hollywood e lançamento de filmes.

Serviços de streaming e Hollywood são mundos que não se misturam

Abrams e o colega de cinema Christopher Nolan criticaram bastante plataformas de subscrição como o Netflix e por consequência Apple TV+. O conflito aqui deve-se a um factor: se o Netflix, Amazon ou Apple TV+ quiserem passar um dos seus filmes num cinema a sério, não poderão transmitir esse conteúdo durante 12 meses.

Essa é uma condição que nenhuma das empresas de streaming está disposta a assinar. Assim sendo, tanto para os serviços de streaming como para Hollywood é mais compensatório manterem os modelos de negócios atuais. Seja como for, foi uma boa tentativa da Apple, melhor sorte da próxima vez.

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António Guimarães
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Juntamente com os seus atuais companheiros Mi A2 e Surface Go, batalha para elucidar as massas sobre todos os acontecimentos da esfera tecnológica. "Informação é poder" é a frase que o acompanha diariamente. Talvez um dia a coloque numa t-shirt.