Com vários detalhes técnicos do Pixel 9 já conhecidos semanas antes do seu lançamento, é agora a vez de conhecermos mais detalhes sobre o chip que a Google deverá usar no seu novo smartphone.
Mas quem esperava um upgrade significativo face à geração Pixel atualmente nas lojas poderá ficar desapontado. É que o Tensor G4 que deverá equipar o Pixel 9 está longe de representar um avanço significativo face ao Tensor G3, incluído no Pixel 8. Pelo menos, a avaliar pelos testes de benchmark já publicados.
Novo design compromete funcionamento multi-core
A principal diferença entre o Tensor G4 e o Tensor G3 surge ao nível do design. Enquanto o chip G3 inclui nove núcleos de CPU (4x Cortex-A510, 4x Cortex-A715 e 1x Cortex-X3), o tensor G4 apresenta uma configuração baseada em oito núcleos de CPU, através de novas versões da Arm, com de velocidades de relógio mais elevadas (4x Cortex-A520, 3x Cortex-A720 e um Cortex-X4).
Ao integrar CPUs mais modernos e com velocidades de relógio superiores, o Tensor G4 ganha em eficiência, consegue funcionar a temperaturas mais baixas e garante um desempenho global ligeiramente mais rápido que o seu antecessor.
Mas a falta de um núcleo parece levar também um desempenho aquém do esperado, sobretudo nos testes multi-core. De acordo com o Android Authority, o desempenho global em ‘multi-core’ do Tensor G4 é apenas 3% mais rápido que os resultados obtidos com o Tensor G3, apresentando um incremento de 11% no desempenho em modo ‘single-core'.
É, pelo menos, o que podemos observar neste teste Geekbench publicado pelo Android Authority:
Também ao nível dos gráficos as melhorias estão ainda por confirmar na prática. O G4 utiliza o mesmo GPU Mali-G715 do que o que integra o chip G3, agora com um ‘clock’ ligeiramente acelerado para os 940 MHz, em contraponto com os 890 MHz da versão incluída no Pixel 8.
É o processador ideal da Google?
A opção por um SoC feito parcialmente ‘em casa’, em parceria com a Samsung, permitiu à Google alguma liberdade na hora de desenvolver e implementar funcionalidades mais avançadas, a tempo de as colocar nos novos Pixels 9. Essas funcionalidades estão sobretudo associadas à câmara, à segurança e à otimização de ferramentas de IA.
Mas o Android Authority conta uma história ligeiramente diferente em relação ao chip que a Google realmente desejava. Alegadamente a ideia seria desenvolver um chip totalmente novo, de forma independente. Mas a empresa falhou todos os timings para o poder usar no Pixel 9.
A decisão por uma versão atualizada do chip Tensor, no entanto, acabou por permitir à Google cumprir a maioria dos timings e por funcionar como um upgrade real de desempenho, que os Pixel 9 deverão refletir. Para confirmar, assim que chegarem ao mercado.