No início deste mês, a bateria de um veículo elétrico Nissan Leaf pegou fogo e teve de ser extinta por duas equipas de operações especiais da divisão de bombeiros de St. Lucie.
Segundo os relatórios dos bombeiros, o carro teve de ser cuidadosamente removido da proximidade dos edifícios que o rodeavam, bem como separado dos seus tanques de combustível. Só após estas medidas é que a equipa conseguiu atacar o fogo.
Afirmaram ainda que este incidente teria sido causado por um incêndio na bateria do carro, algo que cada vez mais se revela um problema de segurança em carros elétricos. Foram necessários, para extinguir o veículo incandescente, mais de 75 mil litros de água.
Como ocorrem incidentes destes?
A pergunta que a todos interessa mantém-se - como é que estes incêndios começam, e porque é que requerem tanta água até se tornarem completamente extintos?
A CBS teve à conversa com Chad Crouse, Chefe da Divisão dos Bombeiros do Distrito de St.Lucie, que ofereceu alguns esclarecimentos sobre esta problemática:
"A bateria, à medida que aquece e começa a libertar químicos, produz gases inflamáveis, juntamente com o oxigénio que o fogo necessita para atear. A área onde tentamos chegar com a água é na parte de baixo do veículo, o que o torna um desafio. É por esta razão que é necessária uma grande quantidade de água e - ainda assim - é possível ver fogos destes a re-atarem de 24 a 72 horas depois." - Chad Crouse
Felizmente, os bombeiros de Saint Lucie tiveram acesso a uma boca de incêndio, que lhes garantiu um fluxo constante de água para combater o fogo ativo. No entanto, qual seria o procedimento caso não tivessem acesso a uma boca?
"Temos um camião-cisterna que transporta 3000 galões e outros três que transportam 2000. Se não tivermos acesso a bocas de incêndio, o que tentamos fazer é que esses camiões entrem em operação de vaivém, em constante movimento para abastecer os motores em ação."
Quais são os meios de prevenção deste tipo de incidentes?
O chefe da divisão de bombeiros do distrito confortou a população sobre as causas destes incêndios - o calor do verão não tem qualquer tipo de impacto significativo no mau funcionamento ou curto-circuito destas baterias. As temperaturas exteriores não afetam o veículo de qualquer forma, e não deve ser causa para preocupação do seu proprietário.
No entanto, o mesmo não pode ser dito no que toca ao elemento inverso.
"Sempre que água do mar e baterias se tocam, ocorre um nível de corrosão. O ano passado, em consequência das cheias das tempestades, que continham água salgada, houve uma série de incidentes relacionados com carros elétricos a pegar fogo."
Assim, o aviso fica espalhado: para preservar a bateria do seu carro elétrico, verifique a regularidade da manutenção, utilize-a dentro do seu prazo de vida útil e mantenha-na afastada do contacto com água salgada e outros elementos corrosivos!