Julian Assange é o co-fundador da WikiLeaks, o infame site que publica documentos e informações sensíveis sobre governos de todo o mundo. Assange recebeu uma ordem de um tribunal no Reino Unido para 50 semanas de prisão.
Esta ordem foi executada na sequência da violação das condições de Assange, após o mesmo não comparecer em tribunal. O co-fundador foi preso o mês passado na embaixada do Ecuador, em Londres, onde estava asilado.
A página do Twitter da WikiLeaks publicou rapidamente a notícia, colocando a frase 'violar as condições de fiança' entre aspas, dando um tom céptico à situação. A verdade é que Julian Assange é um 'alvo' devido ao teor do seu trabalho.
Inicialmente, Assange foi acusado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos de conspiração para cometer intrusão em computadores do governo.
O impacto do WikiLeaks no mundo
O WikiLeaks surgiu em 2006 com a intenção de permitir a fuga de informações sensíveis de forma anónima e segura. Em 2010, o site já tinha publicado mais de 10 milhões de documentos, alguns considerados 'top secret'.
É óbvio que esta operação gerou atenção negativa por parte dos governos e agências de defesa do mundo inteiro, acusando a plataforma de grande irresponsabilidade. Os seus servidores encontram-se espalhados por países como Islândia e Suiça, fora da jurisdição dos Estados Unidos.
Um dos maiores leaks do site envolve a analista do exército americano Chelsea Manning, que revelou mais de 700 mil documentos relacionados com as guerra no Iraque e Afeganistão, durante a presidência de Bush e Obama.
Os documentos mostram a brutalidade das tropas americanas a disparar contra cidadãos iraquianos desarmados e outros crimes de guerra. Cidadãos, mulheres grávidas e até mesmo 2 reportéres da Reuters foram vítimas.
Um escândalo mais recente foi dos e-mails de John Podesta, gestor de campanha de Hillary Clinton. Cerca de 2,000 e-mails sugerem favoritismo do Comité Nacional Democrata em favor a Clinton e até mesmo a revelação das questões dos debates antes do tempo.
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