Numa entrevista recente ao The Mirror, o magnata da tecnologia Bill Gates acabou por revelar uma informação curiosa: a idade que ele considera mais segura para uma criança ter um telemóvel. Embora a medida possa variar entre as famílias e divida opiniões, não dá para negar que o fundador da Microsoft sabe do que fala quando o assunto é tecnologia, não é mesmo?
Gates mantém regras rigorosas com os filhos quanto à tecnologia
Durante a entrevista, Gates revelou algumas normas que mantém com seus três filhos quando o assunto é tecnologia. A primeira delas é que nenhum deles pôde adquirir um telemóvel antes de completar 14 anos.
Hoje com 20, 17 e 14 anos, os três herdeiros de Gates já conquistaram o direito a ter um smartphone, mas as regras continuam. Todos não podem levar os telemóveis para a mesa de refeições e não podem utilizá-los para fazer tarefa para casa ou estudar. Além disso, estão proibidos de ter qualquer produto Apple em casa.
De acordo com informações do relatório "Kids & Tech: The Evolution of Today's Digital Natives" de 2016, a idade média em que uma criança ganha o seu primeiro smartphone hoje é em torno dos 10 anos. Enquanto Gates e outros pais determinam uma idade específica para os filhos poderem ter um smartphone, outros destacam que há mais a considerar além da idade.
É o caso de James P. Steyer, executivo-chefe da Common Sense Media , uma organização sem fins lucrativos que analisa conteúdo e produtos para famílias. Numa entrevista ao The New York Times, Steyer também demonstrou ter regras restritas sobre o tema com seus filhos, mas leva em conta também a responsabilidade que os jovens demonstram.
“Não existem duas crianças iguais e não existe um número mágico. A idade de uma criança não é tão importante quanto a sua própria responsabilidade ou nível de maturidade", explicou.
Como decidir quando dar um smartphone ao meu filho?
Numa publicação recente, a página PBS Kids for Parents listou algumas perguntas que os pais ou responsáveis podem fazer-se sobre seus filhos, antes de decidir dar-lhes um smartphone.
- Os seus filhos "precisam" de estar em contato por motivos de segurança ou sociais?
- Eles conseguem entender o conceito de limites para minutos falados e download de aplicações?
- Eles podem ser confiáveis para não enviar mensagens de texto durante as aulas, perturbar os outros com suas conversas e usar as funcionalidades de texto, foto e vídeo de forma responsável (e não para constranger ou assediar os outros)?
- Eles realmente precisam de um smartphone que seja também o seu dispositivo de música, um reprodutor portátil de filmes e jogos e um portal para a Internet?
- Eles precisam de algo que forneça informações de localização aos seus amigos – e talvez a alguns estranhos também – como algumas das novas aplicações permitem?
Apesar das diferentes precauções, especialistas indicam que o principal é manter o diálogo com os filhos e impor um limite saudável de tempo em frente aos ecrãs. Para o caso de crianças menores, há ainda apps de controlo parental para protegê-las das ameaças online.