Astra VS GPT-4o: as diferenças entre os assistentes IA de próxima geração

Mónica Marques
Mónica Marques
Tempo de leitura: 2 min.

Esta semana foi entusiasmante no que respeita à tecnologia IA. A OpenAI apresentou o novo GPT-4o e a Google não ficou atrás, dando a conhecer o Astra. Os dois novos assistentes IA mostram capacidades semelhantes e transportam-nos para a próxima geração de IA generativa. Mas também têm algumas diferenças. Vamos conhecê-las.

imagem alusiva à Inteligência Artificial
Google e OpenAI apresentaram esta semana as suas novidades na IA generativa Crédito@GerdAltmann

Interação com vídeo

Ambos os assistentes apresentam capacidade para interagir através de vídeo. Por outras palavras, o utilizador só tem de abrir a app câmara para que esta funcione como outra fonte de dados para estes assistentes.

No entanto, há aqui uma diferença crucial. De acordo com o site Fortune, o GPT-4o apenas é capaz de funcionar com imagens estáticas; na prática é como se fizesse uma captura de ecrã do objeto para conseguir detetar o objeto e compreendê-lo.

Já o Astra tem um funcionamento diferente. Tal como vimos na conferência I/O, este assistente lida bem com o movimento do vídeo. Consegue assimilar pequenas variações em tempo real e processar a informação de forma fluida.

Menor tempo de latência

Esta não é propriamente uma diferença entre os dois assistentes de IA, até porque as duas empresas acabaram por não revelar números concretos neste ponto.

Sabe-se que tanto o Astra como o GPT-4o fornecem um menor tempo de latência, ou seja, respondem mais rápido para manter uma conversa fluida com o utilizador.

Tanto a Google como a OpenAI salientaram o reduzido tempo de resposta em cada interação, mas nenhuma empresa forneceu dados sobre o quão mais rápidos estão agora os assistentes IA.

Cada um com a sua utilização

Ainda que estes avanços sejam impressionantes de ver, a forma como estes podem ser aplicados na rotina do utilizador é um facto crucial para o seu sucesso. E, no tipo de utilização, as empresas seguiram caminhos distintos.

A OpenAI direcionou o GPT-4o para as áreas de educação e entretenimento. Nos vídeos divulgados pela empresa vimos que o assistente assume o lugar de moderador num jogo, assim como ensina algumas operações matemáticas.

Mas parece que a OpenAI tem planos para ir mais longe. A empresa pretende integrar ferramentas de pesquisa no seu assistente de IA generativa e competir com a sua rival no campo de pesquisa.

Por sua vez, a Google pretende que o seu assistente de IA execute tarefas como fazer compras online, fazer reservas para uma viagem, entre outras funções igualmente proativas.

Disponibilidade: OpenAI é mais rápida

Outra questão relevante separa os dois novos assistentes IA que conhecemos esta semana. A OpenAI foi mais rápida e anunciou a disponibilidade imediata dos recursos de texto e áudio do GPT-4o nos planos ChatGPT Plus e ChatGPT Team.

A empresa pretende integrar o GPT-4o também na plataforma gratuita. No entanto, os novos recursos devem chegar limitados na quantidade possível de interações.

A Google, por seu lado, anunciou que o Astra vai ser disponibilizado ainda durante este ano através de uma nova interface designada por Gemini Live. Os primeiros a receber os recursos vão também ser os assinantes com planos pagos, no entanto não há ainda datas concretas para este lançamento.

Mónica Marques
Mónica Marques
Ao longo de mais de 20 anos de carreira na área da comunicação assistiu à chegada do 3G e outros eventos igualmente inovadores no mundo hi-tech. Em 2020 juntou-se à equipa do 4gnews. monicamarques@4gnews.pt