A abertura do iPhone e iPad a aplicações fora da App Store será, com toda a certeza, uma das maiores mudanças já promovidas pela Apple. E as mais recentes informações indiciam que esta mudança poderá acontecer já em 2023.
Esta possibilidade é avançada pelo conhecido jornalista da Bloomberg, Mark Gurman. Segundo as suas fontes, a Apple prepara-se para abrir mais o seu software e os seus serviços por força das intenções da União Europeia.
Nova lei da União Europeia levará a uma das maiores mudanças de política da Apple
Em causa está a Lei dos Mercados Digitais a ser preparada pela União Europeia. O texto pretende promover uma maior igualdade de oportunidades no mercado tecnológico, onde obviamente se incluem as diferentes lojas de aplicações para smartphones.
As obrigações impostas pela nova lei europeia serão mais significativas para a Apple que promove um ecossistema fechado, onde é a própria que detém controlo sobre o software presente nos seus produtos. No entanto, isso poderá mudar em breve.
Com efeito, o lançamento do iOS 17 poderá contemplar uma das maiores mudanças já promovidas pela Apple: a possibilidade de instalar aplicações de fontes desconhecidas no iPhone e iPad. A isto junta-se a possibilidade de usar lojas de aplicações alternativas à App Store.
Esta mudança não só terá impacto significativo nas escolhas dos utilizadores, como dos programadores. A existência de um caminho alternativo oferecerá mais oportunidades para fugir aos 30% cobrados pela Apple sobre todas as transações praticadas no seu ecossistema.
A Lei dos Mercado Digitais indica que todas as empresas tecnológicas devem obedecer às suas imposições até 2024. Mas segundo Mark Gurman, a Apple poderá fazer as mudanças necessárias já em 2023.
Recordo que a Apple sempre promoveu uma forte oposição a esta possibilidade, defendendo-se com a segurança e privacidade dos seus utilizadores. No entanto, a União Europeia acabará por a obrigar a mudar de estratégia, pelo menos no nosso mercado.
Apesar disso, a Apple poderá não se desfazer de todo o controlo sobre o que entra nos seus equipamentos. Gurman refere que a norte-americana poderá também exigir uma certificação para essas aplicações.
Apple terá de alargar mais o seu ecossistema por obrigação da União Europeia
A norma europeia poderá ter mais repercussões nos produtos e serviços da Apple. Com a entrada em vigor da Lei dos Mercados Digitais, a norte-americana terá de ser mais flexível noutros parâmetros, nomeadamente na abertura do NFC e tecnologia das suas câmaras.
Ademais, a rede Find My também passará a estar ao dispor de terceiros como, por exemplo, os dispositivos da Tile. A Apple equaciona ainda a queda da obrigatoriedade do uso do WebKit em browsers de terceiros.
Em suma, a Lei dos Mercados Digitais promete promover alterações significativas em algumas estratégias e serviços da Apple. Resta saber como ficarão os produtos da marca noutros mercados: se continuarão a ter um ecossistema fechado ou se acolherão as mesmas alterações.
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