Apple iPhone 13 é a gama menos afetada por este problema global em 2021

Rui Bacelar
Rui Bacelar
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A agência de análise de mercado Counterpoint Research acaba de rever em baixa as suas estimativas para o volume de vendas de smartphones em 2021. Ao passo que havia inicialmente previsto 1,45 mil milhões de unidades vendidas, a nova previsão fica-se pelos 1,41 mil milhões de smartphones e dispositivos móveis para este ano.

A culpa resido na atual escassez de chips e semicondutores que deverá continuar a afetar a indústria dos smartphones. O problema começou a sentir-se no último trimestre de 2020 e, desde então, viria a agravar-se. Há, no entanto, uma nota positiva para a Apple, uma das poucas tecnológicas que tem conseguido fintar este problema.

Escassez de chips continuará a agravar-se em 2021

O relatório da Counterpoint previa um crescimento anual do mercado mobile em 9%, passando agora a ficar-se pelos 6% de crescimento previsto face ao agravar desta crise.

À medida que as fabricantes vão esgotando as suas reservas de chips, a cadeia de produção será afetada, provocando mais atrasos e demora na chegada às lojas dos produtos.

Para piorar este cenário, as principais fabricantes estão só a receber 80% do volume encomendado nos últimos trimestres. Aliás, uma boa parte das fabricantes aponta que apenas 70% das suas encomendas são entregues e esta cifra continua a decair.

Não há, portanto, capacidade suficiente de produção para o volume de semicondutores exigidos.

A Counterpoint estima que 90% do mercado de smartphones foi afetado

Segundo o relatório da Counterpoint Research até 90% da indústria dos smartphones foi afetada pela problemática. Atualmente até componentes até então abundantes como o módulo de controlo dos ecrãs, os Display Driver IC (DDI) e módulos de gestão energética também começam a rarear. A estes somam-se vários outros chips de controlo para as mais variadas funções.

Por outro lado, algumas fabricantes como a Apple têm escapado relativamente incólumes graças a bom planeamento e à compra de quantidades massivas de componentes. Só assim, aponta a Counterpoint, lhes foi possível continuar a expedir os volumes pretendidos de dispositivos móveis nos últimos meses.

Em particular no caso dos iPhone 13, que usam agora o chip A15 Bionic, a Apple conseguiu encontrar uma forma para continuar a ter as quantidades necessárias de componentes. A forma exata como o fez não foi elaborada pela Counterpoint.

Por outro lado, fabricantes como a Samsung, OPPO e Xiaomi estão entre as mais afetadas. Com efeito, para estas marcas a Counterpoint Research, pelo mão do diretor de pesquisas Tom Kang, prevê um agravar da escassez até ao final deste ano.

Por fim, apesar de a Apple ser uma das poucas fabricantes que conseguiram fintar este problema, alguns dos seus produtos foram afetados. Em particular, a Counterpoint refere que tanto o iPad como o iMac viram as suas linhas de produções afetadas este ano.

Resta apenas a esperança de que as novas fábricas e unidades de produção de semicondutores atualmente em construção possam pelo menos atenuar esta problemática em 2022. De qualquer modo, é cada vez mais provável que a próxima geração de smartphones enfrentem atrasos cada vez maiores a chegar ao mercado.

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Rui Bacelar
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O Rui ajudou a fundar o 4gnews em 2014 e desde então tornou-se especialista em Android. Para além de já contar com mais de 12 mil conteúdos escritos, também espalhou o seu conhecimento em mais de 300 podcasts e dezenas de vídeos e reviews no canal do YouTube.