Apple é novamente acusada de práticas anti-concorrência! Sabe os detalhes

António Guimarães
António Guimarães
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Conforme avançou o Financial Times, a Apple está sob acusações de práticas anti-concorrência, novamente. Desta vez, a acusação está na Tile, uma empresa que cria dispositivos de localização Bluetooth. A Tile alega que a Apple favorece a sua própria aplicação de localização no iOS.

Mais especificamente, no iOS 13.5, a Apple coloca "desligado" como opção padrão em dispositivos de localização de terceiros. Desta forma, a Tile fica em desvantagem, pois os utilizadores que comprarem os seus produtos vão tê-los desativados nos iPhones por padrão.

Mas as práticas não ficam por aí. A Tile também acusa a Apple de ter parado de vender os seus produtos em cross-selling nas suas lojas físicas. Adicionalmente, a Tile afirma que a Apple não está a promover a aplicação da empresa na App Store de forma justa.

Apple discorda completamente das acusações

Como seria de esperar, a Apple respondeu, defendendo-se das acusações da Tile. Em declarações feitas ao Financial Times, a Apple respondeu a dizer que está a olhar pela privacidade dos utilizadores e os dados de localização.

A empresa da maçã afirma que desde o ano passado que está a mudar drasticamente a forma como o sistema operativo interage com as aplicações e as definições de segurança oferecidas ao utilizador. "A Tile não gostou que nos tornássemos mais sigilosos com os dados, então decide atacar-nos sem mérito", afirma a Apple.

A questão aqui é que a Tile enviou a sua queixa sobre a Apple à União Europeia, cuja Comissão já não tem uma opinião muito favorável da Apple. Na verdade, de tempos em tempos ouvimos notícias de nações ou empresas europeias a processar a Apple pelas mesmas razões da Tile.

Apple é constantemente acusada de práticas anti-concorrência

De tempos em tempos, a Apple é acusada de favorecer os seus próprios serviços. À primeira vista, parece justo: a Apple cria o seu sistema operativo e aplicações para correr dentro do mesmo: é óbvio que a Apple tem de "puxar brasa à sua sardinha", certo?

O problema é que um mercado precisa de concorrência para ser saudável e a Apple não pode "sufocar" empresas ou serviços que surjam, mesmo que façam concorrência aos seus próprios. A mesma coisa acontece com a Google, também já acusada várias vezes de limitar apps e serviços concorrentes aos seus.

Spotify vs Apple é uma velha batalha

O caso do Spotify contra a Apple é um clássico das batalhas legais entre empresas. Possuindo o serviço concorrente Apple Music, a Apple faz concorrência direta com o Spotify, que é "só" a plataforma de música mais utilizada do planeta.

O Spotify tem um processo a decorrer onde acusa a Apple de sabotar o sucesso e alcance da aplicação, dando prioridade injusta ao Apple Music. Nos Estados Unidos, o Apple Music é bastante popular mas globalmente, o Spotify é o serviço mais utilizado.

Existe ainda a questão das taxas que a Apple cobra ao Spotify por cada subscritor oriundo da Apple App Store. O Spotify não é o único serviço a sofrer com isso, pois o Netflix já reclamou também da situação, ao ponto de incentivar os seus utilizadores a subscrever através do site oficial e não através da Apple.

A Google Play Store e Apple App Store são as maiores lojas de aplicações do mundo. A Comissão Europeia e outras entidades já as acusaram de manter monopólios injustos e parece que assim irá continuar até que as coisas mudem drasticamente.

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António Guimarães
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Juntamente com os seus atuais companheiros Mi A2 e Surface Go, batalha para elucidar as massas sobre todos os acontecimentos da esfera tecnológica. "Informação é poder" é a frase que o acompanha diariamente. Talvez um dia a coloque numa t-shirt.