Um novo relatório da Bloomberg coloca, uma vez mais, empresas com a Apple ou META (dona do Facebook) no meio de um novo escândalo de segurança. Desta feita, as empresas cederam dados dos seus utilizadores a hackers.
Estes agentes maliciosos disfarçaram-se de forças de segurança para solicitar estas informações. Conseguiram-no após terem comprometido contas legítimas dessas entidades e assim ludibriar as empresas de tecnologia visadas.
Moradas, números de contacto de endereços de IP entre os dados comprometidos
As fontes da Bloomberg atestam que vários dados sensíveis dos utilizadores destas plataformas foram entregues aos meliantes. Em causa, estão informações como moradas, números de contacto telefónico ou endereços de IP.
Os dados recolhidos terão sido utilizados para facilitar esquemas de fraude financeira. Com efeito, tem muito cuidado com quem partilhas informações relacionadas com as tuas contas bancárias.
Os hackers conseguiram ludibriar empresas como a Apple, META ou Discord para entregarem tais informações sem questões adicionais. Para tal, usaram contactos legítimos, porém comprometidos, de agências de segurança para requisitar tais dados com carácter de urgência.
A empresa Discord já admitiu esta fuga de informação e explicaram como tudo se processou. Afirma que a solicitação de dados chegou aos seus escritórios de uma fonte fidedigna e que só mais tarde constataram que quem estava do outro lado não era quem diziam ser.
Os autores deste esquema fizeram valer-se de uma das exceções presentes na legislação para que dados sensíveis dos utilizadores possam ser concedidos sem autorização de um juiz. Tal só pode ser feito com carácter de urgência.
A entrega de dados dos utilizadores das empresas tecnológicas está consagrada na legislação americana, mas apenas com um pedido assinado por um juiz. Isto salvo as forças de segurança consigam justificar a urgência no acesso a esses dados, por exemplo, quando vidas estão em risco.
Os autores deste esquema aparentam estar ligados ao grupo de hackers Lapsus$. Segundo a Bloomberg, um dos envolvidos neste caso poderá ser o cabecilha desta rede de cibercriminosos.
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