Apple é a Big Tech que mais respeita a privacidade do utilizador, diz estudo

Rui Bacelar
Rui Bacelar
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A privacidade dos utilizadores e respetivos dados é um dos bastiões que a Apple mais tem trabalhado nos últimos anos. Ainda que alguns dos seus esforços possam passar despercebidos, relembramos os recentes Cartões de Privacidade com que já se terão cruzado ao usar um Apple iPhone com uma versão recente do sistema iOS.

A propósito, temos agora um novo estudo que comparou as práticas das Big Tech como a Apple, Facebook, Amazon, Twitter e Google, comparando o respetivo "respeito" pela nossa privacidade. As conclusões dos resultados são de simples interpretação e vêm colocar a Apple como empresa que menos quantidade de dados do utilizadores recolhe. No extremo oposto temos a Google.

Apple é a empresa que menos dados recolhe sobre os seus utilizadores

O estudo em questão, encetado pela agência StockApps, mostra que a Google, o Twitter, a Amazon e o Facebook recolhem muitas mais métricas e informações dos utilizadores face aos iPhone da Apple. Mais ainda, o estudo descobriu que a Google recolhe um total de 39 indicadores específicos para cada utilizador, o valor mais algo junto das Big Tech analisadas.

Logo após a Google temos o Twitter e a Amazon que recolhem entre 24 e 23 pontos de informação, ou métricas, sobre os seus utilizadores, respetivamente. No que lhe concerne, a empresa de Tim Cook recolhe um total de 12 métricas. Algo que ainda assim é um valor bastante considerável para a auto-intitulada guardiã da privacidade.

Analisando os valores representados no gráfico supra encontramos o Facebook como uma das entidades que menos dados colhe sobre os seus utilizadores. Algo que, face ao histórico recente da empresa de Mark Zuckerberg, surge efetivamente como uma surpresa, não obstante, muito bem-vinda.

Apple, Facebook, Amazon, Twitter e Google, as principais Big Tech

Importa frisar que a Apple, ao contrário da Google, depende muito mais do machine learning e dos respetivos algoritmos para entregar as recomendações personalizadas aos seus utilizadores. Algo que se reflete, na prática, em recomendações no Apple Música, bem como nas galerias selecionadas no seu Fotos.

Note-se ainda que para empresas como a Google e o Facebook (grupo Meta), ficou mais difícil recolher dados e métricas sobre os utilizadores de Apple iPhone.

A propósito, recordamos que em 2020 a tecnológica norte-americana lançou a App Tracking Transparency (ATT). Alteração que não só passou a alertar os utilizadores para as métricas que podiam ser recolhidas pelas empresas responsáveis pelas aplicações, como também entregou a esses mesmos utilizadores a hipótese de não ceder os referidos dados.

Face ao exposto, o Facebook foi uma das empresas que criticou avidamente e publicamente a Apple pela implementação deste "garrote" à recolha de dados.

Recordamos, por exemplo, a iniciativa de Mark Zuckerberg em acusar a Apple de colocar em risco os pequenos criadores de conteúdo, negócios e aplicações.

Tensões que escalariam para a crítica ao iMessage da Apple que, sendo incitada pelo Facebook, encontrou na Google uma aliada causal.

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Rui Bacelar
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O Rui ajudou a fundar o 4gnews em 2014 e desde então tornou-se especialista em Android. Para além de já contar com mais de 12 mil conteúdos escritos, também espalhou o seu conhecimento em mais de 300 podcasts e dezenas de vídeos e reviews no canal do YouTube.