A Apple está a oferecer grandes prémios aos utilizadores, no valor máximo de 1 milhão de dólares, ou seja, cerca de 925.000€. O problema é que, para o ganhar, é preciso fazer uma missão praticamente impossível: hackear a nuvem de Inteligência Artificial (IA) da empresa.
O anúncio foi feito pela própria Apple, esta quinta-feira, dia 24 de outubro. A nuvem em questão chama-se Private Cloud Compute (PCC) e o objetivo principal da empresa é testar se o seu sistema se encontra seguro.
(Nota: para saber as condições, podes consultar o regulamento oficial desta recompensa da Apple)
O que fez a Apple, na prática?
Analisando o post da Apple, podemos reparar que esta criou uma espécie de ambiente de pesquisa virtual. Aí, deu a possibilidade a toda a gente de dar uma vista de olhos no código-fonte e avaliar a sua segurança.
Como refere a Digital Trends, recorde-se que o PCC só estava disponível para um grupo muito restrito de pesquisadores. Por causa desta iniciativa, uma grande parte dos users da Apple tem a possibilidade de aceder à nuvem de IA e hackeá-la. Pelo menos, tentar.
Segundo a mesma fonte de informação, grande parte das tarefas de IA da Apple são feitas no próprio dispositivo. Ainda assim, nos casos mais complicados, pode ser necessário acontecer uma intervenção do PCC.
Na publicação feita no Apple Security, a empresa explica como começar a usar o PCC.
Como funcionam os prémios?
Os prémios são até 1 milhão de dólares, mas também há prémios noutros valores, consoante a tarefa que seja desempenhada. No blog, consta uma tabela oficial com os preços a auferir, ao completar cada uma das ações descritas.
Como é possível ver, o prémio máximo, de 1 milhão de dólares (cerca de 925.000€), só é atribuído a ataques que constem na categoria “Ataque Remoto em Dados Solicitados”. Segundo os termos da Apple, a execução deste código deve ser “arbitrária”, bem como os seus direitos.
Já o menor prémio, por sua vez, é para hackers que atuem na categoria “Ataque a Dados Solicitados de uma Posição de Rede Privilegiada”. Na ordem dos 50.000 dólares (cerca de 46.000€), este é entregue em casos de”divulgação acidental ou inesperada de dados devido a problemas de implantação ou configuração” (via Apple).
Não deixa de ser curioso que, há alguns anos, a empresa da “maçã trincada” chegou a pagar 100.000 dólares a um estudante. Na altura, este conseguiu hackear, de forma bem sucedida, um Mac. Será que, desta vez, mais alguém conseguirá pôr à prova a segurança da Apple?