A Xiaomi queria limitar a potência máxima do seu SU7 Ultra através de uma atualização de software. Mas a medida foi mal recebida pelos proprietários do EV.
Após os veementes protestos, a marca chinesa voltou atrás ao repor todas as especificações de potência do SU7.
Como tudo aconteceu

Tudo começou quando a Xiaomi lançou a versão 1.70 do software do SU7 Ultra. Esta atualização restringia a potência máxima do veículo a 900 cavalos, em condições normais de condução, tal como explica o site Carnewschina.
Recorde-se que o EV tem uma potência máxima de 1.548 cavalos. Por essa razão, os condutores devem fazer um período de adaptação ao veículo em pistas de corridas para cumprirem com o sistema “avaliação de tempo de volta no modo qualificação”.
Mas a atualização não se ficava por aqui e integrou também um período de espera de 60 segundos para o controlo de partida. Tal evitava que os condutores cedessem à tentação de arranques em alta potência – por exemplo, em semáforos.
Quando lançou esta atualização, a Xiaomi explicou que as restrições visavam a segurança dos condutores. Tudo porque a potência máxima do veículo exige boas condições em pista e experiência de condução.
Tudo em nome da segurança
“A potência total de 1.548 cavalos foi projetada para uso em circuitos com pneus e preparação adequados. Queremos garantir que os condutores podem desfrutar desse desempenho em segurança”.
Mas nem com estas explicações, os proprietários do SU7 Ultra se convenceram. Rapidamente as redes sociais e os fóruns foram invadidos por protestos veementes por pessoas que queriam ter acesso a todo o potencial do modelo.
A pressão sobre a marca foi aumentando até que a Xiaomi deu o braço a torcer e removeu as restrições sobre o desempenho do SU7 Ultra. “Agradecemos o feedback entusiasta da nossa comunidade e vamos garantir maior transparência daqui para a frente”, declarou a marca.
Recorde-se que o Xiaomi SU7 Ultra atinge uma velocidade máxima de 350 km/h e tem uma aceleração dos 0 aos 100 km cifrada em apenas 1,98 segundos.