A qualquer momento no final de 2024, drones a transportar caixas poderão ser vistos nos céus do Reino Unido. Mas os britânicos não precisam ficar alarmados, pois será apenas a Amazon a entregar as suas encomendas.
Conforme anunciado pela gigante do mercado de comércio eletrónico, o novo sistema de entregas promete transportar os produtos até à morada dos clientes em menos de uma hora após a compra.
A empresa já oferece entregas de drones por nos EUA
Embora pareça um tanto quanto futurístico, o serviço de entrega com drones da Amazon já está disponível nos EUA na Califórnia e no Texas, para mercadorias com peso não superior a 2,2 kg (5 libras). E a empresa tem planos de expandir as chamadas entregas "ultra-rápidas" para um terceiro estado dos EUA e para a Itália.
Para trazer as entregas com drones para terras britânicas, a Amazon está a trabalhar em estreita colaboração com a Autoridade de Aviação Civil (CAA) para cumprir os regulamentos. Para David Carbon, vice-presidente da Amazon Prime Air, há demanda para o serviço no Reino Unido.
"Nunca ouvi ninguém dizer que não iria querer algo mais rápido. [...] É centenas de vezes mais seguro do que conduzir até à loja", disse ele numa entrevista à BBC.
Nos EUA, os clientes que optam pela entrega com drones precisam colocar um tipo de marcador com um código QR Code na área em que o dispositivo fará a entrega. À medida que se aproxima do destino, o drone encontra o local com esse marcador e larga a encomenda.
No Reino Unido a Amazon tem planos de realizar essas entregas com drones sem o uso de marcadores, mas sim por meio de GPS.
Como a entrega com drones deve funcionar no Reino Unido
Quando o serviço for oficialmente lançado no Reino Unido, os utilizadores que desejarem optar por este tipo de entrega precisam se cadastrar e serem aprovados. Isso porque o drone requer que o cliente disponha de bastante espaço livre para a entrega, visto que o pacote é lançado a 3,6 metros do chão.
Os drones serão capazes de entregar pacotes com um peso máximo de 5 libras (2,26 kg), o que equivale a um "pacote do tamanho de uma caixa de sapatos", como exemplificou a empresa.
"O que nossos clientes vão precisar de acessar o site da Amazon, selecionar a entrega por drone, se estiver disponível na sua área, fazer o pedido de seu produto... e isso desencadeará a cadeia de eventos que vai para nosso sistema terrestre que encontra o quintal do cliente, deixa a encomenda onde ele pediu e saímos de lá", disse Carbon.
Segundo a Amazon Prime Air, os drones responsáveis pelas entregas contam com sensores integrados capazes de evitar qualquer tipo de obstáculos no seu caminho. Além disso, a empresa revelou o novo drone MK30, menor e mais silencioso, que pode funcionar sob chuva fraca e vento e voar até 12 km para fazer uma entrega.
A gigante do comércio eletrónico indicou que a expetativa é lançar o serviço no final de 2024. As áreas de entrega ainda não foram reveladas. Carbon apenas adiantou que devem começar numa "área suburbana pouco populosa" e depois "escalar lentamente... com base em nossas aprovações regulatórias".
Um impulso para economia com transporte de emissão zero
A entrega com drones foi anunciada por Jeff Bezos, fundador da Amazon, há cerca de 10 anos. Desde então, o serviço progrediu lentamente. Mas, numa época com tantos avanços tecnológicos, este parece ser o momento para uma aceleração neste tipo de entregas em domicílio.
Para a Baronesa Vere, ministra da aviação do governo britânico, os planos da Amazon devem ajudar a "impulsionar a economia" e oferecer aos consumidores mais opções, "ao mesmo tempo que ajudariam a manter o meio ambiente limpo com tecnologia de emissão zero".
A ministra afirmou que o governo tem planos para que os drones comerciais se tornem "comuns" até 2030. A experiência com a Amazon contribuirá para construir uma "compreensão de como usar essa nova tecnologia de maneira segura", disse ela à BBC.
Editores 4gnews recomendam: