Centenas de trabalhadores da Amazon entraram em greve em vários países da Europa nesta sexta-feira (24), data que marca a Black Friday, um dos dias de compras mais movimentados do ano.
Os protestos contra as práticas de trabalho da gigante do comércio eletrónico dos EUA fazem parte da campanha "Make Amazon Pay" (Faça a Amazon pagar, em tradução livre), coordenada pela UNI Global Union, envolvendo mais de 30 países ao redor do mundo.
As greves pela Europa
Até agora, a agência de notícias Reuters relatou greves em países como Alemanha, Itália, França e Inglaterra. Em todos esses lugares, os grevistas estão a lutar por melhores salários. Representantes da Amazon nesses locais defenderam os valores dos pagamentos mensais e avisaram que as greves não vão prejudicar a Black Friday.
A greve em Espanha
Em Espanha, o sindicato espanhol CCOO convocou uma greve no armazém, com os trabalhadores de entrega da Amazon a fazerem uma greve de uma hora em cada turno na 'Cyber Monday', último dia da promoção de dez dias da Amazon, conhecido por promoções no setor de tecnologia.
Além disso, os armários de pacotes da Amazon, usados por muitos clientes para receberem pedidos, também estão a ser alvo dos grevistas.
A greve na Alemanha
Segundo maior mercado da Amazon em vendas no ano passado, a Alemanha teve cerca de 250 trabalhadores a participar da greve num armazém de Leipzig e cerca de 500 num armazém da Amazon em Rheinberg, segundo informações do sindicato Verdi nesta sexta-feira.
Além desses, outros cinco centros de distribuição do país, segundo o sindicato, entraram em greve de 24 horas à meia-noite de quinta-feira para exigir um acordo salarial coletivo.
Um porta-voz da Amazon na Alemanha destacou o salário inicial de mais de 14 euros por hora + benefícios adicionais. De acordo com o porta-voz, os clientes não precisam se preocupar, pois as entregas dos pedidos da Black Friday serão confiáveis e oportunas.
A greve em Inglaterra
Em Inglaterra, mais de 200 trabalhadores entraram em greve na sexta-feira no armazém da Amazon em Coventry. A disputa por melhores pagamentos no país já acontece há bastante tempo. Os grevistas pedem um aumento salarial para 15 libras/hora e melhores condições de trabalho.
Atualmente, no Reino Unido, o salário inicial mínimo está entre 11,80 libras e 13 libras por hora, dependendo da localização. Segundo um porta-voz da Amazon UK, a previsão é que os salários aumentem para 12,30 a 13 libras por hora a partir de abril de 2024. A Amazon afirmou ainda que a greve não causará interrupções."
A greve em França
Em França, a organização antiglobalização Attac afirma esperar que o protesto deste ano seja ainda maior do que o do ano passado, quando cerca de 100 armazéns da Amazon em toda a França foram alvo de ataque.
A Attac está a incentivar os ativistas a colar cartazes e fitas adesivas, potencialmente impedindo que os entregadores e os clientes possam abri-los.
A greve em Itália
Em Itália, o sindicato italiano CGIL convocou uma greve de Black Friday no armazém de Castel San Giovanni. Não há dados sobre o número de grevistas, e nenhum porta-voz da Amazon fez declarações até ao momento.
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