A promessa de revolucionar a experiência de realidade aumentada e virtual com o lançamento do Vision Pro pela Apple gerou uma onda de entusiasmo nas últimas duas semanas. No entanto, a expectativa deu lugar à desilusão de alguns. Isto porque alguns dos primeiros compradores começam a devolver o seu equipamento às lojas da Apple.
O Vision Pro chegou ao mercado a prometer ser o próximo grande salto tecnológico. Sam Altman, da OpenAI, chegou mesmo a compará-lo ao impacto do iPhone no mundo da tecnologia. No entanto, esta comparação parece ter perdido rapidamente o seu brilho.
Peso e dores de cabeça entre as razões de devolução
Apesar da sua apresentação prometedora e das funcionalidades inovadoras, muitos utilizadores encontraram motivos para a desilusão. Desde o preço proibitivo de 3 500 dólares até aos relatos de desconforto físico, incluindo dores de cabeça e no rosto, durante o uso prolongado do dispositivo.
A reduzida disponibilidade de aplicações e a limitada utilidade prática do dispositivo foram críticas recorrentes entre os compradores descontentes. A ausência de uma aplicação da Netflix é apenas um exemplo da hesitação dos desenvolvedores em abraçar a plataforma.
A história ensina-nos que até os produtos mais revolucionários enfrentam desafios iniciais. Assim aconteceu com o iPhone nos seus primeiros dias. No entanto, o Vision Pro enfrenta o desafio adicional de convencer um público já saturado de tecnologia e do facto de esta ser indispensável.
A devolução em massa do produto é simbolizada pelas imagens e publicações de utilizadores descontentes nas redes sociais. Não devemos olhar para isso como um fracasso para os Apple Vision Pro. É um produto de primeira geração, que não justificará o valor para todos os interessados. E quando não se está satisfeito, é para isso que servem os 14 dias com possibilidade de devolução.