A pulseira do teu Apple Watch é um ninho de bactérias perigosas, aponta estudo

Rui Bacelar
Rui Bacelar
Tempo de leitura: 2 min.

Os relógios inteligentes são uma visão comum no pulso de milhares de utilizadores em 2023. Porém, uma boa parte da sua utilidade e funções acrescidas reside na capacidade de monitorizar várias métricas de atividade e condição física do respetivo utilizador.

Algo que inexoravelmente só é possível se este mesmo relógio inteligente residir a tempo inteiro, com as devidas pausas para carregamento (ainda muito frequentes), no pulso do seu dono. É, amiúde, um local quente e húmido, exposto aos elementos.

A culpa? Também é nossa pois raramente tiramos o smartwatch do pulso

Apple Watch
Algumas das pulseiras em tecido para o relógio Apple Watch.

Segundo um novo estudo, as correias do Apple Watch são um ninho de bactérias e parte da culpa é nossa. Ainda que este ambiente de crescimento bacteriano varie também consoante o tipo de pulseira. Na prática, com as pulseiras (ou braceletes) em tecido a serem algo mais propensas a tal, se não forem devidamente higienizadas, todas acabam por ser um autêntico viveiro.

A razão é simples. Limpamos raramente as pulseiras destes dispositivos que dormem, até, no nosso pulso. Portanto, se forem utilizadores de um Apple Watch e só tiverem uma pulseira, é provável que todos os dias a coloquem no pulso sem pensar duas vezes.

Importa frisar que este mesmo princípio da biologia se aplica a uma miríade de outros relógios inteligentes, sendo o Apple Watch escolhido pela sua maior popularidade. Ou seja, se também usarem o mesmo relógio todos os dias, não se esqueçam de o limpar.

Urge limpar regularmente a bracelete do nosso Apple Watch

As it turns out, wristbands, like the one used with the Apple Watch, are the perfect breeding grounds for bacteria like Staphylococcus and E. Coli. Here's why you should start disinfecting them. By @Amber_M_Neely https://t.co/HmCgw2vGSu

— AppleInsider (@appleinsider) 18 de agosto de 2023

O estudo foi divulgado pela publicação The New York Post, dando aí conta do estudo que analisou uma amostra considerável de diferentes relógios. Testou também como é que diferentes materiais de pulseira contribuíam para o desenvolvimento maior, ou menor, de bactérias.

Importa ainda frisar que o estudo foi conduzido pela Universidade Atlântica da Flórida com vários dos recentes modelos e tipos de pulseiras a serem alvo de teste. Infelizmente, as conclusões não são propriamente animadoras uma vez que em 95% das pulseiras testadas foram encontradas bactérias prejudiciais para o ser humano.

Por exemplo, bactérias como as Staphylococcus foram encontradas em 85% das pulseiras testadas. Já em cerca de 60% os resultados deram positivo para a E.coli, ao passo que em 30% foram encontradas Pseudomonas, bactéria resistente a antibióticos.

Em suma, se há alguma conclusão a ser daqui retirada é a necessidade de limparmos, frequentemente, as pulseiras dos nossos relógios inteligentes.

Editores 4gnews recomendam:

Rui Bacelar
Rui Bacelar
O Rui ajudou a fundar o 4gnews em 2014 e desde então tornou-se especialista em Android. Para além de já contar com mais de 12 mil conteúdos escritos, também espalhou o seu conhecimento em mais de 300 podcasts e dezenas de vídeos e reviews no canal do YouTube.