
Por todo o mundo, são milhões aqueles que jogam PS5, PS4, Xbox, PC e não só. A questão é que, atualmente, as vendas de consolas estão relativamente estáveis e o potencial de crescimento não é muito significativo.
Nesse sentido, Shawn Layden acredita que a grande solução pode estar no fim dos vários formatos e na criação de um único formato que englobe tudo. Note-se que Layden foi o antigo presidente da Sony Interactive Entertainment America (SIEA). Este acredita que o setor dos videojogos precisa de uma grande mudança, para que seja possível continuar a crescer.
O que diz Layden?
Numa entrevista ao canal de YouTube "Pause for Thought and Naomi Kyle", Layden diz o seguinte: “falamos de uma indústria de 250 mil milhões de dólares, o que é verdade, com centenas de milhões de jogadores, o que também é verdade. Mas esses números incluem quem joga Wordle ou Candy Crush. O número de consolas vendidas em cada geração estabiliza nos 250 milhões. Se juntarmos as PS1, Sega Saturn e Nintendo 64, e seguirmos geração a geração, o padrão repete-se” (via IGN).
Como tal, considera que o setor dos videojogos deve olhar para o exemplo do VHS, entre o fim dos anos 70 e início dos anos 80. Na altura, o VHS destacou-se por uma política de licenciamento mais aberta. “As pessoas perceberam que precisavam de compatibilidade. Podem ter televisores de marcas diferentes, mas quando o vizinho escolhe VHS e tu tens Betamax, ficas de fora. A indústria uniu-se em torno do VHS”.
Ora, a lógica seria mais ao menos a mesma. Um único dispositivo universal que servisse a grande maioria dos jogos. Em vez de ser preciso uma PS5, uma Xbox, uma Nintendo, etc.
“Talvez venha do PC. Talvez de uma base comum, como um kernel Linux. Depois cria-se um consórcio que defina regras e programas de licenciamento, permitindo a qualquer fabricante desenvolver consolas compatíveis. É assim que se alcança ubiquidade, como com uma torradeira. Neste momento, estamos presos num campo de contenção” - explica.
A opinião de Layden é particularmente relevante, até pelo seu histórico enquanto executivo da PlayStation. No entanto, é claro que isso iria exigir um entendimento entre Sony, Microsoft e companhia, o que pode não ser fácil.
De qualquer forma, é uma ideia com potencial de revolucionar a forma como jogamos e fica, pelo menos, a curiosidade de saber como seria um sistema de gaming universal.
