Diz-nos a experiência que grande parte das baterias começam a perder capacidade, ao final de algum tempo. Precisamente para que isso não aconteça, uma equipa de cientistas está a conceber uma nova bateria feita de iões de alumínio.
Na prática, as baterias projetadas pelos especialistas do American Chemical Society (ACS) poderiam manter 99% da capacidade, ao fim de 10.000 ciclos de carga e descarga. A grande diferença, no entender dos cientistas, tem a ver com o design.
Uma bateria poderia durar cerca de 30 anos: sugere o estudo
“Este novo design de bateria de iões de alumínio mostra o potencial para um sistema de armazenamento de energia duradouro, económico e de alta segurança. A capacidade de recuperar e reciclar materiais essenciais torna a tecnologia mais sustentável” - explica Wei Wang, um dos responsáveis do projeto.
Feitas as contas, isso quer dizer que a bateria poderia durar até cerca de 30 anos (via GizChina). Isto se considerarmos que é feito um ciclo de carga e descarga todos os dias. A confirmar-se a viabilidade deste tipo de baterias, os benefícios potenciais seriam vários em setores como o dos smartphones ou gaming, entre outros.
Afinal de contas, para alguns utilizadores, a capacidade da bateria é um dos fatores mais importantes na compra de um dispositivo. Recentemente, temos visto, por exemplo, modelos como o Poco X7 Pro, com bateria de 6000 mAh.
Seria interessante ver telemóveis com uma autonomia tão capaz, a juntar a esta tecnologia dos cientistas da ACS.
Sobre as baterias com iões de lítio
Efetivamente, grande parte das baterias utilizam o lítio na sua conceção. No entanto, recentemente, tem sido visível a procura por alternativas mais viáveis. Como explicam os investigadores da ACS, “essas baterias são omnipresentes devido à sua alta densidade de energia”.
No entanto, os mesmos acrescentam que “o lítio tem um custo proibitivo para os grandes sistemas de baterias necessários para armazenamento de energia em escala de utilidade, e a inflamabilidade da bateria de iões de lítio representa um risco considerável à segurança”.
Quem também tem procurado alternativas ao lítio é a Samsung. Tal como a 4gnews noticiou recentemente, os telemóveis da Samsung poderão começar a usar carboneto de silício. Não há confirmações oficiais nesta fase, mas a imprensa internacional tem avançado essa hipótese futura.