Depois das grandes polémicas sobre falhas de segurança e problemas de privacidade com a aplicação Zoom, o seu CEO informou oficialmente que vão suspender todos os trabalhos de desenvolvimento de novas funcionalidades. Esta ação tem como objetivo concentrar todos os seus recursos na resolução dos problemas de segurança.
Desde que os vários países começaram a impor regimes de quarentena devido à pandemia do COVID-19, Zoom foi um dos serviços que viu o volume de tráfego aumentar de forma exponencial. Sendo um dos serviços de referência na realização de vídeo-conferências, passou a ser uma ferramenta crucial para comunicação entre utilizadores privados, assim como realização de trabalho (e estudo) remoto.
Falhas de segurança do Zoom ampliadas drasticamente com o seu crescimento exponencial
De acordo com Eric Yuan, CEO do Zoom, o serviço contabilizava um máximo de 10 milhões de ligações diárias no passado mês de dezembro, contabilizando tanto utilizadores gratuitos como pagos. Após o "rebentar" da pandemia, viram os números subir para mais de 200 milhões de ligações durante o mês de março.
Yuan não tem problemas em confirmar que com este crescimento, tiveram grandes dificuldades em manter o seu serviço estável e começaram a ter problemas com diversas complicações ao nível de segurança e privacidade.
No final do seu comunicado, o CEO do Zoom pede desculpa a todos os utilizadores e garante que a equipa de programadores está a trabalhar arduamente para resolver todos estes problemas.
Esta não é a primeira vez que as medidas de segurança e privacidade do Zoom são colocadas em questão, parecendo óbvio que o crescimento no volume de utilizadores acabou por deixar bem abertas as "pequenas feridas" já presentes.
A empresa também já pediu desculpa aos utilizadores pela forma enganadora com que garantiam a sua segurança, afirmando que as ligações utilizavam encriptação end-to-end, o que não acontece.
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