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YouTube é usado para espalhar malware: como criminosos estão a enganar milhares de utilizadores

Mais de 3.000 vídeos maliciosos identificados com milhões de visualizações.

YouTube é usado para espalhar malware: como criminosos estão a enganar milhares de utilizadores

Os criminosos continuam a usar plataformas digitais para espalhar ameaças. Depois do TikTok ter sido alvo de ataques com vídeos que ensinavam a piratear programas legítimos, a empresa de cibersegurança Check Point Research revelou um caso semelhante no YouTube.

A ameaça vem dos canais da Ghost Network, uma rede coordenada de contas maliciosas usada para distribuir malware na plataforma de vídeos do Google. A investigação identificou mais de 3.000 vídeos maliciosos, muitos com centenas de milhares de visualizações e comentários falsos, criados para gerar uma sensação de segurança em relação ao conteúdo.

Segundo o relatório, a rede está ativa desde 2021, mas ganhou força em 2025, quando a produção de vídeos maliciosos triplicou. Os conteúdos focam nas categorias “Game Hacks/Cheats” e “Software Cracks/Piracy”, explorando o interesse por softwares gratuitos ou versões modificadas de jogos.

O vídeo mais visualizado tinha como alvo o Adobe Photoshop, com mais de 293 mil visualizações, seguido por outro sobre o FL Studio, com 147 mil visualizações.

campanha malware YouTube
(Imagem: Check Point Research)

Como a rede criminosa opera

Os investigadores explicam que as contas funcionam de forma estruturada, divididas em três tipos:

  • Contas de vídeo: publicam vídeos falsos com links maliciosos;

  • Contas de postagem: divulgam senhas e atualizações de download nas mensagens da comunidade;

  • Contas de interação: geram engajamento artificial com likes e comentários positivos.

Os links nos vídeos direcionam os utilizadores para serviços como Dropbox, MediaFire e Google Drive, onde os ficheiros estão protegidos por senha. As instruções geralmente pedem para “desativar o Windows Defender temporariamente”, tornando o computador vulnerável.

Os principais malwares distribuídos são infostealers, programas criados para roubar credenciais e dados sensíveis. Até maio de 2025, o Lumma era o mais ativo, mas após a sua interrupção, o Rhadamanthys assumiu a liderança nas infecções.

Entre os casos mais relevantes, destacam-se duas campanhas:

  • O canal @Sound_Writer, comprometido há mais de um ano, publicou vídeos sobre criptomoedas e softwares falsos, redirecionando para páginas de phishing no Google Sites;

  • O canal @Afonesio1, com mais de 129 mil inscritos, usou vídeos sobre Adobe Photoshop e Premiere Pro para disseminar o malware HijackLoader, que instalava o Rhadamanthys nos dispositivos das vítimas.

Por que a pirataria é perigosa

A pirataria continua a ser uma das principais portas de entrada para malware. De acordo com a Check Point, as Ghost Networks representam uma evolução no cibercrime, permitindo a disseminação massiva de ameaças em plataformas legítimas. A recomendação é clara: evita qualquer tipo de “crack”, “hack” ou versão gratuita de programas pagos.

Como te proteger

  • Não descarregues programas pagos de sites ou links de vídeos que prometam versões “crackeadas” ou gratuitas;

  • Nunca desactives o antivírus ou o Windows Defender, mesmo que instruções de um vídeo indiquem o contrário;

  • Mantém o software de segurança atualizado, incluindo antivírus e navegadores com proteção contra phishing.

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 William Schendes
William Schendes
Jornalista e criador de conteúdos, escreve sobre tecnologia, videojogos e cibersegurança desde 2022. No 4gnews, escreve sobre as novidades do mundo tech, mas anteriormente já produziu de tudo um pouco: reviews, reportagens, artigos especiais e tutoriais.