
Pedido de pagamento apenas foi feito a um número de pessoas selecionadas
A notícia caiu como uma bomba no mercado chinês de EVs quando se soube, há pouco mais de uma semana, que a Xiaomi estava a pedir o pagamento antecipado dos seus Evs reservados.
Agora finalmente a marca respondeu às críticas da comunidade, explicando que o pedido foi feito a “um pequeno número de possíveis proprietário com circunstâncias especiais”.
Representantes de vendas da Xiaomi Auto esclareceram melhor a situação, declarando ao National Business Daily que esta ação tem como alvo clientes que solicitaram entregas atrasadas ou que na avaliação demonstraram um maior risco de não concluir a compra.
A mesma publicação dá exemplos concretos. Os clientes a quem foi feito este pedido demonstraram pouca cooperação durante os procedimentos financeiros ou mostraram alguma relutância em receber a entrega do veículo.
Ainda que a resposta seja lógica, no sentido de que a Xiaomi não quer correr riscos, surpreende pela estratégia menos centrada no cliente do que é habitual na marca chinesa.
Produção pode ser afetada e EVs envolvidos na polémica
Fontes da Xiaomi Auto explicaram ao National Business Daily que a marca chinesa está preocupada com a hipótese de clientes específicos – os tais relutantes – cancelarem a reserva, após a produção da unidade feita à medida que lhes era destinada.
Tudo porque pode afetar a linha de produção, já de si em dificuldades, e consequentemente atrasar a entrega de veículos a outros proprietários. Acrescente-se ainda o facto de os modelos terem atributos escolhidos pelo próprio potencial proprietário e, ao serem personalizados, serem mais difíceis de vender, após o cancelamento.
De acordo com a mesma fonte, os pedidos de pagamentos antecipados afetaram, sobretudo, as reservas para os modelos SU7 e SU7 Ultra, sendo que o modelo base tem agora um tempo de espera estimado entre as 38 a 41 semanas.